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Mais austeridade? Uma “obsessão” jornalística, “a busca da notícia que não será notícia”, diz Costa

21 abr, 2016 - 17:09 • Paulo Ribeiro Pinto

“Tudo o que andaram a anunciar de facto não existe”, afirma o primeiro-ministro. “É a busca da notícia que não será notícia.”

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O primeiro-ministro reafirmou esta quinta-feira que não haverá novos aumentos de impostos, nem cortes nos salários e nas pensões. “Os senhores vivem com algumas obsessões”, ironizou António Costa, em declarações aos jornalistas.

Para o chefe do Governo, os dados da execução orçamental demonstram que “não haverá" necessidade de aumentar o IVA, nem de aplicar outras medidas de austeridade.

“Tudo o que andaram a anunciar de facto não existe”, disse. “É a busca da notícia que não será notícia.”

O que "não há", segundo Centeno

As declarações de Costa surgem poucas horas depois de o ministro das Finanças reafirmar que não está previsto qualquer aumento de IVA nem dos impostos sobre rendimentos de trabalho. Também não haverá cortes salariais para os funcionários públicos nem de pensões.

"Não há cortes salariais, não há aumento de impostos directos sobre os rendimentos do trabalho e das empresas, não há aumentos do IVA e não há cortes de pensões", afirmou o governante na conferência de imprensa que decorreu no final da reunião do Conselho de Ministros, em que foi aprovado o Programa de Estabilidade 2016-2020 e o Plano Nacional de Reformas.

Centeno disse ainda que não há revisão da lei de bases da Segurança Social, o que significa que se mantém a actualização das pensões e também não há alterações ao subsídio de desemprego.

O que haverá é uma redução de funcionários públicos, o que já tinha sido anunciado durante a apresentação do Orçamento do Estado, com uma entrada por cada duas saídas, sendo que em 2020 passará a estabilizar para uma entrada por cada saída.

Com a apresentação do Programa de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas, o Governo recupera o complemento salarial, uma das bandeiras eleitorais, também conhecido como o imposto negativo, com efeito a partir de 2018. Há ainda a garantia da eliminação da sobretaxa em 2017.

Quanto a consolidação orçamental, que também pode ser considerada austeridade, o Governo garante poupanças nas PPP e uma contracção do consumo intermédio do Estado, bem como uma promessa de combate à fraude e evasão contributiva e uma racionalização das despesas do Estado.

Neste último ponto, Mário Centeno não entrou em detalhes, escusando-se a nomear as despesas que vão ser racionalizadas.

O ministro garante que este cenário é compatível com os compromissos europeus, ou seja, o Governo garante que vai cumprir as metas acordadas com Bruxelas, nomeadamente que há uma redução da dívida no conjunto da legislatura, ou seja, nos próximos quatro anos.

Comentários
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  • rosinda
    21 abr, 2016 palmela 21:52
    afinal como e que nao vai haver mais austeridade se vao despedir 20 vinte mil funcionarios publicos so no tempo do outro governo e que o despedimento era visto como medida de austeridade??
  • José Seco
    21 abr, 2016 Lisboa 21:02
    Obviamente que os jornalistas estão feitos com o sistema! Certamente ganham com isso! Quem quiser realmente quebrar com este ciclo doentio de austeridade atrás de austeridade será sempre isolado e denegrido! Não se esqueçam do que fizeram com a Grécia, e o que tentam agora fazer com Portugal! Interessa pois que Portugal e a Grécia continuem em crise para assim alimentarem o sistema neo-liberalista reinante. Reinante mas com os dias contados!
  • Zé Povinho
    21 abr, 2016 Lisboa 20:47
    Toda a gente sabe que os meios de comunicação, são maioritariamente de gente ligada ao PSD, por isso, a obcessao pela austeridade, para justificar a austeridade como único caminho, que o PSD defendia
  • aliena
    21 abr, 2016 lisboa 19:35
    a malta retornada que pensava colocar «as galinhas» (tal como chamavam aos portugueses continentais), pensavam, reforço, que ocupavam os lugares cimeiros do psd / cds assim como alguns canais/imprensa, para fazer o mesmo que faziam aos negros de áfrica, que para não fazerem nenhum, e terem todas as mordomias escravizavam os negros e logo em crianças como ''pau para toda a obra''. Enganem-se, estamos de olho aberto....
  • M Cardoso
    21 abr, 2016 Gondomar 19:19
    Não publicam o meu comentário, porquê? Só publicam o que é favorável à direita? Ou sois vós que publicais esses ditos comentários?
  • Jose Alves
    21 abr, 2016 Lamego 19:03
    Se não acreditas deita-te a dormir. Se calhar és um dos amigo do Passos os dias a aplicar austoridade, ou se calhar nunca pagas-te impostos.
  • AA
    21 abr, 2016 Maxiais 18:55
    Este Costa está a tentar vender a banha da cobra aos portugueses. Depois a culpa é dos jornalistas. Este senhor está a tirar os medicamentos ao doente em estado crítico. Vamos ver o estouro que vai dar. Sempre a tentar enganar o próximo desde o primeiro dia. Estilos de vida.
  • maria
    21 abr, 2016 lx 18:29
    O que os jornalistas gostam é da desgraça alheia. Vendidos ao Portas e CDS.... Gostam de ver o povo a passar fome e os velhos sem dinheiro para medicamentos. Ficam todos excitados com a desgraça, vão mas é investigar os corruptos, como deve ser, e não é só o socrates....
  • NL
    21 abr, 2016 Ermesinde 18:29
    Portugal está a ser destruido por aqueles que, criminosamente, fogem ao pagamento legal de impostos. O problema de Portugal é a corrupção tributária. Neste momento Portugal é um país de corruptos, um país de criminosos que até roubam aqueles que, durante dezenas de anos, com sacrifícios enormes, incluindo o risco de morte, ganharam o direito a uma reforma de acordo com as leis vigentes.. Nos EUA ou nos países escandinavos aquilo que a canalha fascista faz em Portugal fugindo ao pagamento de impostos já tinha sido toda fuzilada. A isto é que se chama justiça. Se um mendigo, para dar de comer aos filhos roubar, ou tirar a outro, 200 € vai para a cadeia. Os reformados pagam os seus impostos até ao último tostão muito embora já tenham pago imposto sobre os valores que recebem .E que ninguém se esqueça: A tributação dos reformados em IRS (Uma reforma é um rendimento de quê, seus burros?!!!). Claro que a alteração ao Código do IRS que começou a tributar as reformas são obra de Cavaco Silva e do PSD.
  • J.Simões
    21 abr, 2016 Lisboa 18:14
    O problema é de credibilidade, Sr.!!!! Quem é que acredita? Nem o Sr.! O seu problema é, agora, arranjar uma desculpa para o que não vai sair bem (o governo anterior, Bruxelas, etc.etc.) ou que nem vai sair. A credibilidade conquista-se e o Sr. está muito longe!

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