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Pulitzer. O melhor jornalismo denuncia o pior do mundo

18 abr, 2016 - 22:48

Centenário dos Pulitzer distinguiu trabalhos jornalísticos sobre a crise dos refugiados, escravidão e o tratamento desumano das mulheres afegãs, entre outros.

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A cobertura da crise dos refugiados, uma reportagem sobre abuso laboral na Ásia e outra sobre o tratamento desumano das mulheres no Afeganistão foram alguns dos vencedores dos prémios Pulitzer de jornalismo.

A 100.ª edição dos Pulitzer decorreu esta segunda-feira, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

A agência Reuters e o jornal “The New York Times” partilharam o triunfo na categoria de Fotografia de Última Hora, pela cobertura da crise dos refugiados na Europa e no Médio Oriente.

A Associated Press conquistou o prémio de Serviço Público por uma reportagem sobre abuso laboral na indústria marisqueira que abastece os restaurantes e supermercados dos Estados Unidos. Graças a esta investigação jornalística, dois mil trabalhadores escravos foram libertados, os patrões levados a tribunal e foram implementadas mudanças legislativas.

A jornalista Alissa J. Rubin, do jornal “The New York Times”, conquistou o galardão de melhor reportagem internacional, com um trabalho sobre a forma desumana como são tratadas as mulheres no Afeganistão.

O jornal "Washington Post" ganhou o prémio Pulitzer pelo melhor trabalho de jornalismo nacional, ao criar um "registo nacional para ilustrar como muitas vezes os polícias disparam para matar e quem são as vítimas mais frequentes".

A cobertura dos massacre de San Bernardino, na Califórnia, valeu ao jornal “Los Angeles Times” a vitória na categoria Reportagem de Última Hora.

A melhor reportagem de investigação foi para um trabalho dos jornais “The Tampa Bay Times” e “Sarasota Herald-Tribune” sobre violência e negligência nos hospitais públicos de saúde mental dos Estados Unidos.

A par dos prémios de excelência para a imprensa, os prestigiados Pulitzer são ainda atribuídos nas áreas da literatura e música. Esta última categoria foi ganha por "In for a Penny, In for a Pound", de Henry Threadgill (Pi Recordings).

O melhor livro de ficção é "The Sympathizer", de Viet Thanh Nguyen; a melhor obra de não ficção é "Black Flags: The Rise of ISIS", de Joby Warrick; o musical "Hamilton" venceu a categoria de Drama e o prémio de Poesia foi para "Ozone Journal", de Peter Balakian.

O conselho dos prémios Pulitzer recebeu 3.000 candidaturas para os prémios de jornalismo mais famosos do mundo, que são anunciados todos os anos na Universidade de Columbia.

Consulta aqui a lista completa dos Pulitzer 2016

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