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Governo de Passos recusou proposta de 700 milhões para compra do Banif

13 abr, 2016 - 09:23

A Ample Harvest Investment Capital oferecia ainda a manutenção dos postos de trabalho no banco e na Açoreana Seguros. Esta situação nunca foi referida nas audições.

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O Governo de Passos Coelho terá recusado uma proposta de 700 milhões para comprar o Banif. A notícia do “Público” cita uma carta que até agora não terá sido referida na comissão parlamentar de inquérito, nem consta dos documentos entregues no parlamento.

A proposta terá sido avançada pela Ample Harvest Investment Capital, um fundo com sede em Hong Kong.

Segundo o jornal, na altura, o Governo de Pedro Passos Coelho considerou que a proposta implicava uma perda para os contribuintes de 125 milhões de euros, mas actualmente, o prejuízo pode chegar aos três mil milhões.

Até à venda ao Santader, o Banif ainda devia ao Estado 825 milhões de euros e a Ample oferecia 700 milhões, além e da manutenção dos postos de trabalho no banco e na Açoreana Seguros.

Ainda segundo o “Público”, a proposta foi rejeitada pelos representantes do executivo PSD-CDS na administração do Banif, porque o Governo apostava numa solução no “banco bom” – “banco mau” que em teoria iria permitir valorizar o Banif para posterior venda.

O jornal cita uma fonte da anterior tutela das Finanças e uma fonte não oficial do Banco de Portugal.

O “Caso da Ample” nunca foi referido nas audições que decorrem no parlamento, onde tanto a ex-ministra das Finanças como os responsáveis do Banco de Portugal disseram que apenas receberam cartas com manifestação de interesse pelo Banif e não propostas concretas.

Durante a tarde desta quarta-feira é ouvido na comissão de inquérito o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares.

O Banif foi vendido ao Banco Santander por 150 milhões de euros. Foi decidido ainda dividir o banco insular em dois: a parte "boa" passou para o controlo do banco espanhol e os activos tóxicos transferidos para um veículo de gestão de activos.

Comentários
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  • goldmansoxs
    13 abr, 2016 Paraiso 11:09
    Não existe qualquer duvida quanto à atuação entre a TVI e o governo de Passos e M. Albuquerque, no mínimo estamos perante "Tráfico de Influências" e "Gestão Danosa". Não se compreende a inercia do MP
  • Goldmansoxs
    13 abr, 2016 Paraiso 10:59
    Vejamos o perfil de ilustre senhoria: 1º) Administradora na REFER e docente de Passos Coelho; 2º) Subscritora de contratos SWOP (instrumento legal, comprovado altamente danoso para estado) enquanto administradora na REFER 3º) Gestão danoso no caso Banif/defesa dos interesses do Estado 3º) Contrato de trabalho com empresa financeira de relevante incompatibilidade/promiscuidade com os interesses do ESTADO Conclusão: Tendo em conta a linhas de investigação do MP, afigura-se a existência de indícios fortes de crimes de trafico de influencias, abuso de puder, gestão danosa, corrupção ativa e passiva, etc., etc., etc.... Questiona-se: Já foi presa preventivamente ou também faz parte do grupo dos intocáveis como Paulo Portas e Paulo Nuncio?
  • Julio Teixeira Tavar
    13 abr, 2016 Porto 10:55
    Não me surpreende a noticia agora conhecida quanto à passividade com que o ex-1º. Ministro e a Ministra das Finanças trataram em tempo oportuno o caso Banif. Acredito que ambos tenham sido sérios quando entenderam nada fazer e deixar andar, pois neste caso como em outros demonstraram muita ignorância e impreparação para os cargos que desempenharam, e, pior é nunca acordaram para a sua realidade. Não tenho dúvidas que ambos ficaram "embriagados" com os lugares que ocupavam e face à sua falta de maturidade ( estou em crer que nunca souberam nem mesmo desempenharam lugares de gestão ) nem se apercebiam que a aparente importância com que eram tratados por aquela gente que gravitava à sua volta mais não era que a chamada "bajulice" para também eles irem mantendo os "tachos". Também não se pode ignorar que ambos beneficiaram da cumplicidade do anterior PR, que com a sua passividade, e, neste caso falta de visão para a impreparação com que aqueles ex-governantes causavam danos à Economia Nacional os manteve, sendo certo que teve vários momentos que em defesa do interesse nacional os deveria ter demitido.
  • Pedro João
    13 abr, 2016 Porto 10:54
    O BANIF valia muito mais que 700 milhões de euros. Era um banco que já tinha as contas controladas, mas a notícia vergonhosa da TVI, alegando a sua falência, fez sair 1000 milhões de euros do banco em dois dias... 3 ou 4 dias depois. Mesmo depois do pedido de desculpas da TVI (pertence ao grupo PRISA do qual o Santander é acionista), o mal já estava feito e Santander compra o banco por meia tuta. Esta é a verdade pura e dura. Entretanto, a TVI não tem qualquer penalização pelo prejuízo de largas centenas de milhões que causou aos portugueses e ninguém questiona porque o banco foi vendido em 2 ou 3 dias ao Santander... Este processo tresanda a vigarice... e ninguém investiga!!
  • Alberto Martins
    13 abr, 2016 Lisboa 10:48
    Quem continuar a pensar que neste caso do Banif, arrastado durante mais de 1 ano pelo governo da dupla maravilha, passos coelho e principalmente a Luis estiveram de boa fá...só pode ser anjinho ou politicamente cego... Continuar a focar e centrar a vergonha do Banif numa mera questão de incompatibilidades da senhora deputada Luis, é querer insultar os portugueses e tratá-los como parolos, lerdos e mentecaptos... O caso Banif/Luis é um caso de policia.
  • Luis
    13 abr, 2016 lx 10:41
    Obviamente que só podia ser recusado! Eram 700 milhões sem luvas para distribuir, logo foi liminarmente recusado!!!!
  • desatina carreira
    13 abr, 2016 queluz 10:25
    Mais outra para conta do farsolas
  • Zé das Coves
    13 abr, 2016 Alverca 10:23
    Agora se percebe porque foi vendida a TAP no ultimo dia.! comissões, comissões, no BANIF ninguém se chegou a frente. Fazem tanto mal a Portugal, e ninguém sofre as consequências !
  • Rui
    13 abr, 2016 Lisboa 10:21
    Então neste caso receberam esta "manifestação de interesse" e haverá outras... que ainda assim não justificou a abertura de um concurso porque nem deus sabe o que para maria luis justificaria a abertura de um concurso para vender o banco...
  • Luis
    13 abr, 2016 Lisboa 10:21
    Não tiveram tempo para estudar a proposta.Estavam a tentar saber quanto é que ia ganhar o Lacerda.

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