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Atentados de Bruxelas eram para ter sido em França

10 abr, 2016 - 12:03

Avanços na investigação terão estado na origem da mudança de planos.

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Os terroristas responsáveis pelos atentados em Bruxelas, a 22 de Março, tinham intenção de atacar outra vez França, mas os progressos feitos na investigação aos atentados de Paris levou-os a mudar de alvo.

A informação é adiantada este domingo de manhã pela procuradoria belga, segundo a qual a célula terrorista foi obrigada a tomar a decisão de atacar Bruxelas quase à última hora.

"Vários elementos da investigação mostram que o grupo terrorista inicialmente tinha intenção de atacar em França outra vez", mas, “surpreendidos pela velocidade do progresso na investigação, tomaram a decisão de atacar em Bruxelas", refere o comunicado.

Recorde-se que Salah Abdeslam, o principal suspeito dos atentados de Novembro, em Paris, foi detido na sexta-feira anterior aos ataques em Bruxelas. Ambos os ataques foram reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Os ataques ao aeroporto internacional de Bruxelas (Zaventem) e numa estação de metro da capital belga provocaram 32 mortos.

Os principais suspeitos dos atentados em Paris e Bruxelas, membros do grupo terrorista Estado Islâmico, estão nesta altura detidos ou mortos. Apesar do avanço das investigações, o primeiro-ministro belga, Charles Michel deixa o aviso: “Temos de nos manter alerta”.

Mohamed Abrini foi o último grande suspeito detido. É conhecido como o “homem do chapéu” que aparece nas imagens da câmara de videovigilância do aeroporto de Bruxelas e que o mundo procurava.

Foi acusado de "participação em actividades de um grupo terrorista e de assassinatos terroristas" nos atentados de 13 de Novembro em Paris e de 22 de Março em Bruxelas.

A procuradoria belga confirma ainda que um segundo detido na sexta-feira é o terceiro homem que se procurava pelo ataque à estação de metro de Bruxelas. Foi identificado como Osama Krayem, um sueco de 28 anos, cujas impressões digitais foram encontradas no apartamento utilizado para fabricar as bombas.

Tal como Abrini, Krayem tem ligações ao principal suspeito de Paris, Salah Abdeslam, e a polícia acredita que terá chegado à Europa vindo da Síria como refugiado.

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