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Taxistas anunciam semana de luta contra a Uber

06 abr, 2016 - 00:24

Objectivo é pressionar o Governo a tomar medidas para travar a utilização em Portugal da aplicação de transporte de passageiros.

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As associações representativas do sector dos táxis vão promover uma semana de luta para pressionar o Governo a suspender a actividade do serviço de transporte privado Uber.

"Na semana de 29 de Abril, as duas associações (Antral -Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e FPT - Federação Portuguesa do Táxi) vão fazer acções de informação e sensibilização sobre a Uber", disse Florêncio Almeida, presidente da Antral, esta terça-feira, em conferência de imprensa.

Essa semana de luta terminará no dia 29 com uma "iniciativa profunda", que será "surpresa", mas que o dirigente admite que "está tudo em cima da mesa: paralisação, concentração, palavras de ordem nas viaturas".

Florêncio Almeida admitiu, inclusive, "ficarem parados o tempo que for necessário para o Governo tomar uma posição", porque "[os taxistas] não podem andar todos os dias a fazer pequenas manifestações".

Frisando que "não são contra a Uber, mas sim contra o modo" como estão no mercado, o presidente da Antral explicou que pretendem apenas que aquela empresa trabalhe de forma legal.

"Não podemos permitir que o público não esteja defendido. A Uber não tem seguro de transporte de pessoas. Fazem um transporte clandestino. Se algum dia houver um problema grave, os seguros não pagam. Alguns funcionários têm segurança social, outros não. O Governo tem de colocar legalidade em todo este sistema", afirmou o dirigente, acrescentando que a Uber "não paga impostos a ninguém".

"A Uber não nos mete medo. Tem é de cumprir as leis do país", disse.

Aos jornalistas, o presidente da FPT, Carlos Ramos, disse ainda que "não aceitam que o contingente [de transporte ligeiro de passageiros] seja aumentado" e propôs que a Uber, depois de legalizada, passe a distribuir serviços para os táxis.

Carlos Ramos frisou que a decisão da semana de luta surgiu depois da "falta de resposta do Governo" às reivindicações dos taxistas.

"Temos de encontrar uma solução para este crime que arrasa a economia do país", afirmou.

Para as associações, a solução passa pela imediata suspensão da Uber e pelo arranque de negociações com o Governo.

Questionados sobre os 17 milhões de euros anunciados pelo ministro da tutela para a modernização do sector, Florêncio Almeida afirmou que "não se vendem".

"Primeiro têm de parar a Uber e depois discutir o que é necessário. Até lá, não aceitaremos qualquer negociação", frisou.

Comentários
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  • Lilian Alves
    30 abr, 2016 Amadora 00:55
    Só existe concorrência quando alguma coisa esta errado...a huber e a coisa certa no mundo...
  • Dimas
    07 abr, 2016 Carregado 18:57
    Curruptos são os da uber,porque há MT taxista honesto e a trabalhar devidamente. Quem conduz na uber nem sequer tem um cap, ou habilitação para fazer transporte profissional.acham que basta só a carta de conducao e pronto.cambada de gente leiga
  • Petervlg
    06 abr, 2016 Trofa 12:31
    Os taxistas o que podem fazer é melhorar os seus serviços, que são péssimos.
  • Miguel
    06 abr, 2016 Faro 08:33
    Monopolio é o que eles querem... Classes mais corrupta não há

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