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“As pessoas têm de se adaptar", diz português em Bruxelas

22 mar, 2016 - 17:53 • Henrique Cunha

Testemunho do português Armando Cardoso, funcionário da Comissão Europeia.

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O português Armando Cardoso, funcionário da Comissão Europeia em Bruxelas, deslocava-se para o trabalho de metro aquando dos atentados desta terça-feira de manhã. Percebeu que algo se passava quando a composição parou numa estação e todos os passageiros foram retirados. “Percebemos que haveria algum problema”, conta à Renascença.

Para além de dois filhos a estudar em Bruxelas, a família Cardoso conta por estes dias com a presença de uma outra filha mais velha que aproveitou as férias da Páscoa para estar uns dias com os pais.

Nesta altura não há transportes públicos em Bruxelas e Armando Cardoso teve de se socorrer de uma bicicleta para regressar a casa.

“As pessoas têm de se adaptar. Eu de manhã vinha de metro e fiz a parte final do percurso a pé. E agora arranjei uma bicicleta e estou aqui a fazer um percurso que mesmo assim é longo: são pelo menos uns 30 minutos para regressar a casa. E pronto a vida continua. E depois irei buscar as crianças à escola. Penso que também teremos de falar um pouco com as crianças porque elas ficam um pouco perturbadas com tudo isto”, conta.

Os atentados em Bruxelas fizeram 34 mortos e cerca de 200 feridos, segundo a comunicação social local. Houve um atentado suicida no aeroporto da capital e outro no metro de Maalbeek.

Estes ataques já foram reivindicados pelo Estado Islâmico.

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Comentários
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  • Maria
    23 mar, 2016 Bruxelas 23:17
    Devia-se fazer o quê, o que está a acontecer neste momento em Lisboa? Cortar a via principal da cidade durante 2 horas e mobilizar dezenas (para não dizer centenas) de polícias e bombeiros sempre que alguém se esquecer de uma mochila com roupa em algum lado?? A vida não pode parar porque meia duzia de fanáticos se lembram de se fazerem explodir num local qualquer, isso é estar a dar-lhes a importância que eles querem. O objectivo do estado islâmico neste momento é precisamente difundir um estado perpétuo de medo na Europa, que as pessoas se tranquem em casa com receio de sair à rua... Isso sim é difamatório para as vitimas do terrorismo! As pessoas têm pois de se adaptar, e prosseguir com as suas vidas mesmo depois de atentados da atrocidade dos que se viveram ontem (a pessoa em questão estava no metro à hora em que rebentou a bomba, a duas estações de lá). Caso contrários eles é que ficam a ganhar! E, como é claro, reforçar a luta contra eles...
  • EU
    23 mar, 2016 ? 01:13
    Tais afirmações são difamatórias para as vítimas do terrorismo. Estes tipos só têm areia no cérebro, por isso quando abrem a boca só sai ...
  • fanã
    22 mar, 2016 aveiro 19:39
    Este Senhor Funcionário , com o "têm de se adaptar" , banaliza desta forma assassinatos em massa de outros que não sejam seus familiares ?????......... queria ver se fossem os seus próximos vitimas , não cantava desta maneira de certeza !!!
  • Carlos
    22 mar, 2016 Aveiro 19:38
    Sim, os Europeus é que se têm que adaptar aos Muçulmanos e não o contrario. Isto já chegou ao ponto do ridículo
  • António Costa
    22 mar, 2016 Cacém 19:00
    Se isto continuar assim, com os dirigentes europeus sem coragem para culpar os mandatários das ações terroristas, só vai ficar tudo muito pior. E por fim, como sempre, aparecem os "Donald Trump" a dar uma ajudinha "à adaptação de certas pessoas".
  • Ângela Cristina
    22 mar, 2016 Serra do Caramulo 18:59
    Em primeiro lugar. As minhas condolências a todas as famílias enlutadas por esta tragédia. Em segundo lugar correr com todos os terroristas .Já chega de desgraças.

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