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Orçamento “não tem ponta por onde se pegue. Esforço fiscal dos mais pobres é maior"

16 mar, 2016 - 02:44 • Raquel Abecasis

Em entrevista à Renascença, o deputado social-democrata Miguel Morgado aponta o dedo às opções do Governo. "A austeridade não foi virada" e há um "aumento exorbitante da receita fiscal", acusa o ex-assessor político de Passos Coelho.

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Orçamento “não tem ponta por onde se pegue. Esforço fiscal dos mais pobres é maior"

O Orçamento do Estado para 2016 “não tem ponta por onde se pegue”, não vira a página da austeridade e agrava os impostos dos mais pobres, acusa Miguel Morgado, ex-assessor político de Passos Coelho.

“A austeridade não foi virada. Há uma outra austeridade e a redistribuição da devolução de rendimentos tem muito que se lhe diga, sobretudo, vindo de um Governo de esquerda ou de um Governo que se diz muito preocupado com as assimetrias sociais”, critica o deputado do PSD em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença.

Miguel Morgado diz que os portugueses vão perceber rapidamente que a austeridade não acabou com o Governo de António Costa, apoiado no Parlamento por PCP, Bloco de Esquerda e Verdes.

“O aumento exorbitante da receita fiscal que este Orçamento contém depende dos impostos indirectos, tem efeito regressivo. O esforço fiscal das pessoas mais pobres é maior do que o das pessoas mais ricas”, sublinha.

Nesta entrevista à Renascença, o deputado social-democrata diz não compreender a satisfação do primeiro-ministro, António Costa, pela previsível aprovação do Orçamento do Estado para 2016.

“Apresentar um Orçamento é o requisito mínimo de um partido e de uma coligação de partidos que quer governar, e que o está a fazer depois de ter perdidos as eleições. É o mínimo que se exige a um Governo responsável é que faça aprovar um Orçamento.”

O deputado social-democrata defende que o PSD se deve manter distante do PS e acredita que com o tempo o país dará razão a Passos Coelho.

A nova líder do CDS, Assunção Cristas, lançou para o debate político uma proposta para que o governador do Banco de Portugal passe a ser nomeado pelo Presidente da República e não pelo Governo, o que implica uma revisão da Constituição.

Miguel Morgado responde no programa “Terça à Noite” da Renascença. O ex-assessor político de Passos Coelho admite que se venha a abrir um processo de revisão constitucional, desde que a discussão seja “ilimitada, sem dogmas ideológicos” e não apenas para rever a forma de nomeação do Governador do Banco de Portugal.

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  • Moisés
    16 mar, 2016 Egipto 21:38
    Ó mal educados e provocadores: mantenham essa vossa espada venenosa dentro da bainha . Ela tem boa caixa. Limpem as cataratas que vos estão a causar cegueira. Lembrai - vos que o veneno que estais a lançar para o ar vos há - de cair na boca. Lembrai - vos que o tempo é quem trás a razão. Deixai que o tempo dê tempo ao tempo. Boa noite.
  • Smoker
    16 mar, 2016 Terra do Nunca 14:06
    Lérias....lérias....lérias e + lérias. Onde estão os numeros dos pafiosos que suportam aleivosidades destas: “O aumento exorbitante da receita fiscal que este Orçamento contém depende dos impostos indirectos, tem efeito regressivo. O esforço fiscal das pessoas mais pobres é maior do que o das pessoas mais ricas”,
  • Jorge
    16 mar, 2016 Seixal 12:41
    Este energúmeno ainda tem a lata de vir comentar o orçamento do estado para2016. Quando esteve na assessoria do pafioso mór não conseguiram fazer um único orçamento constitucional, criaram mais de um milhão de pobres, puseram-se de cócoras perante Bruxelas e agora é que está com pena dos pobres. Hipócrita. São estes e outros filhos da p... que sempre andaram escondidos atrás das tabuas, que criaram a maior miséria no país nas últimas décadas, e agora vem armado em bom "samaritano" preocupados com os pobres. É lamentável que comunicação social que ainda perca tempo a entrevista esta gente.
  • Alberto Martins
    16 mar, 2016 Lisboa 11:57
    Que continuamos com austeridade, cortes salariais e de pensões, sobretaxa e sujeitos ao brutal aumento de impostos imposto pelo gaspar do governo psd/cds/passos/portas...é indesmentível... Mas o que "sensibiliza realmente" e é até "comovente"...É a súbita preocupação recente de passos/portas psd e cds com o bem estar dos mais pobres e da classe média... Um governo que durante 4 anos esmagou completamente a classe média com impostos directos e indirectos e que aliviou sempre a folha fiscal das grandes empresas e sistema financeiro, batendo recordes de desemprego e de emigração, de salários de miséria, trabalho precário... Um governo que colocou reformas/pensões e salários miseráveis a pagar IRS... Um governo que empobreceu os portugueses principalmente a classe média e os que já eram pobres ainda mais pobres... Um governo que arranjou uma nova classe de pobres, que são aquelas pessoas que apesar de terem trabalho, pago miseravelmente, passam fome e privações de toda a ordem... Ver agora militantes desses partido, psd/cds, a defender o contrário do que praticaram enqunato governo e como se não tivessem nada a ver com a situação em que estamos são gente de mentalidade tipicamente lula...
  • victor
    16 mar, 2016 lx 11:46
    Está a precisar de óculos, é evidente, ou então tem dificuldades no português...
  • João
    16 mar, 2016 lisboa 11:41
    Continua tudo convencido que depois do PS ter levado Portugal á banca rota em 2011 , era só trocar de primeiro ministro , este estalava os dedos e deixava de haver as consequências da falência do estado . Pode ser que daqui a um ano quando infelizmente vier outro resgate abram os olhos...
  • carlos
    16 mar, 2016 Lisboa 11:21
    Quem é este pafioso aliás onde está o contributo do psd para orçamento de estado zero nós agora estamos a pagar o ordenado aos deputados do psd como este para fazerem coisa nenhuma a não ser propaganda politica, qualquer orçamento que substitua impostos diretos por impostos indiretos é sempre melhor para os portugueses.
  • Dar-lhe razão?!
    16 mar, 2016 nunca o poderá ter 10:31
    "O deputado social-democrata defende que o PSD se deve manter distante do PS e acredita que com o tempo o país dará razão a Passos Coelho" Mas este gajo está parvo ou quê? Mas quem é que poderá ter saudades deste pelintra do passos, quando ele foi o responsável pela maior miséria, que este país tem à memória desde 25 de abrl de 74??? Um fascista, que retirou direitos aos trabalhadores para beneficiar patrões e para estes enriquecerem mais à custa da miséria de muitos. Que fez cortes em tudo e mais alguma coisa. Que o diga as vitimas do sistema de saúde, que até houve muitos a morrerem à míngua....Um autentico fantoche destes ditadores, como a merkel e shauble e companhia Lda...que fez tudo por tudo, sem uma unica critica às imposições deles para os agradar como bom aluno, virando as costas à dignidade do seu povo e do seu país. Qual saudade??? Eu diria que a história irá provar que ele foi um grande incompetente como governo e desprezou o seu país em função dos lideres poderosos desta europa da me.....
  • Csoares
    16 mar, 2016 Porto 10:22
    Eu como portuguesa mae solteira com dois filhos sinto que o governo passos me cortou o ordenado, me roubou mensal ente um valor de taxa unica e me roubou o abono dos meus filhos, com o Costa sinto que ele me devolveu o dinheuro roubado e me aumentou o abono dos meus filhos e me vai fazer um dsconto no imi de 20 euros por cada filho, e me vai deuxar reutilzar os livros lei qye nunca foi cumprida com os jotinhas cretinos, sempre a favorecer o grande capital. E sinto outra coisa que e tao ou mais importante que o valor restituido, sinto que o Costa nos vai restituindo a dignidade a pouco e pouco, e nos vai alimentando a coragem para continuar, e para que todos juntos consigamos revonstruir este lindo pais devastado pela corrupcao, pela vergonha e pela imoralidade e pela mediocridade desse governo horrivel que nos destruiu todas as esperancas. Direita nunca votei, nunca votarei, sao a pior escumalha que exite, usam o poder para encher os bolsos deles e dos amiguinhos.
  • José
    16 mar, 2016 Oeiras 10:01
    Vamos ver quem ri por último, ou quem chora. Certo é que já começamos a sentir no bolso o peso dos impostos indirectos e cada dia que passa mais se vai agravar.

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