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Angola. José Eduardo dos Santos promete deixar presidência após 36 anos

11 mar, 2016 - 10:24

"Tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018", anunciou, na abertura de uma reunião do Comité Central do MPLA.

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José Eduardo dos Santos anuncia saída do poder (11/03/2016)
Áudio: José Eduardo dos Santos anuncia saída do poder

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O presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e chefe de Estado angolano há 36 anos, José Eduardo dos Santos, anunciou esta sexta-feira que deixa a política em 2018, ano em que completará 76 anos.

“Em 2012 fui eleito Presidente República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da Republica termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018", anunciou em Luanda na abertura da 11.ª reunião ordinária do Comité Central do MPLA, convocado por José Eduardo dos Santos para preparar o congresso do partido, agendado para Agosto.

No seu discurso, o chefe de Estado não clarificou em que moldes será feita a sua saída da vida política e se ainda estará disponível para concorrer às eleições gerais de Agosto de 2017 ou à liderança do partido, este ano, antes da sua retirada.

José Eduardo dos Santos é Presidente de Angola desde Setembro de 1979, cargo que assumiu após a morte de Agostinho Neto, o primeiro Presidente angolano.

Na mensagem que dirigiu aos mais de 260 membros do comité central presentes na reunião, José Eduardo dos Santos criticou ainda a gestão danosa nas empresas públicas, apelando à mobilização dos melhores quadros para as funções de governação do país.

Entre oito pontos da ordem de trabalhos da reunião de hoje consta um para "apreciação do projecto de resolução sobre a candidatura do camarada José Eduardo dos Santos ao cargo de presidente do MPLA".

Estas declarações seguem-se à nota pastoral da Conferência Episcopal Angolana, divulgada quarta-feira. Os bispos entendem que a crise económica e financeira que o país enfrenta não foi causada apenas pela queda do preço do petróleo, mas pela "falta de ética, má gestão do erário público e corrupção generalizada" no país.


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  • 16 mar, 2016 13:25
    Hospitais centrais.como Americo Boa Vida e Jorgina Machel.formula:180x31 dias do mês.temos 5580 pessoas. no seu Funeral o Governo Cobra a taxa de enterro de ou seja buraco.3800kz. 5580x3800=21.204.000. kz.este record é de apenas um mês.pensa Nisto onde vamos com isto?
  • Carlos Silva
    11 mar, 2016 Amora - Seixal 10:53
    Já nada mais resta para roubar e Angola volta ao atoleiro em que o MPLA a meteu!
  • OLP
    11 mar, 2016 Lisboa 10:50
    Promessas vãs!

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