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Acidente da praia de Caxias. Alargado o perímetro de buscas no Tejo

17 fev, 2016 - 12:22 • Teresa Almeida

Terceiro de buscas. A criança e a irmã que morreu estavam sinalizadas por suspeita de serem vítimas de abusos. As alterações introduzidas à lei, há um ano, não afectaram o acompanhamento dado nestes casos, garante o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

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O perímetro de buscas para encontrar a menina de quatro anos desaparecida na segunda-feira na praia de Caxias foi alargado, na manhã desta quarta-feira.

É já o terceiro dia de buscas. O acidente deu-se na segunda-feira, quando a irmã da criança desaparecidas, com 19 meses de idade, caiu ao Tejo com a mãe. O corpo da menor foi recuperado das águas e a mulher, de 37 anos, permanece hospitalizada...

O capitão do Porto de Lisboa, comandante Malaquias Domingues, explicou à Renascença que, apesar da zona das buscas ter sido alargada, é sempre possível que o corpo da criança venha a aparecer numa zona anteriormente "batida" pelas equipas de resgate.

Nas operações em curso estão envolvidas embarcações da Autoridade Marítima Nacional e da Policia Marítima.

Autópsia da bebé esta quarta-feira

A equipa de investigação policial que se deslocou ao local da tragédia, na praia da Giribita, entre Paço de Arcos e Caxias, no concelho de Oeiras, recolheu roupas da bebé de 19 meses que foi resgatada do mar sem vida, além de outros objectos e uma carta que foi encontrada no carro conduzido pela mãe das duas crianças.

Peritos em caligrafia vão analisar a carta para determinar se é mesmo a letra de Sónia Lima, a mãe das duas crianças, noticia o "Diário de Notícias".

A autópsia à bebé de 19 meses, que determinará a causa da morte, deverá ser feita esta quarta-feira no Instituto de Medicina Legal de Lisboa.

Tribunal acompanha bem casos de crianças sinalizadas por abusos

O presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPMJR), Armando Leandro, defende que o novo modelo de acompanhamento de menores em situações que envolvem abusos sexuais não tem impedido que o apoio seja bem feito.

A lei de protecção de crianças e jovens em perigo foi alterada o ano passado, retirando às CPCJ competências para intervir em situações de abuso sexual e passando-as para os tribunais. Esta dado foi recordado depois de se saber que as crianças envolvidas no acidente da praia de Caxias estavam sinalizadas por suspeita de serem vítimas de abuso.

"As alterações à lei de protecção de menores em risco não vieram trazer mais incerteza no terreno", garante Armando Leandro, reforçando com a tese de que o novo sistema "até permite uma articulação imediata entre as autoridades judiciais, não só em relação à protecção da criança, como à colheita de provas para os assistentes penais”.

O presidente da CNPCJR diz acreditar que no caso das meninas de Caxias “todas as medidas preventivas tenham sido tomadas, apesar de não conhecer a situação em causa”.

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