27 jan, 2016 - 12:58
A Frente Comum, afecta à CGTP, anunciou esta quarta-feira que mantém a greve agendada para 29 de Janeiro. O protesto exige a reposição imediata das 35 horas semanais.
"Queremos confirmar que os trabalhadores da função pública vão fazer greve no dia 29 porque nada se alterou que permita que se possa suspender esta greve. Temos um objectivo central que é a reposição imediata das 35 horas", afirmou a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, em conferência de imprensa.
A 11 de Janeiro, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas, filiada na CGTP, anunciou uma greve da administração central para 29 de Janeiro, para pressionar o Governo a repor o horário de trabalho semanal de 35 horas na administração pública o mais depressa possível e não no segundo semestre do ano.
No mesmo dia, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública decidiu juntar-se ao protesto, mas na terça-feira, a Fesap suspendeu a greve que tinha marcada, por considerar que o Governo e o grupo parlamentar do PS têm dado sinais de que pretendem repor o horário de 35 horas na função pública o mais breve possível.
No dia 15 os projectos de lei do PCP, Verdes, Bloco de Esquerda e PS para a reposição das 35 horas de trabalho na função pública foram aprovados na generalidade e estão agora a ser discutidos na comissão da especialidade.
A principal diferença entre os quatro projectos de lei está no prazo de entrada em vigor da lei, pois enquanto o partido do Governo remete a aplicação da medida para 1 de Julho, os outros três partidos querem a sua aplicação o mais rápido possível, o que corresponde à reivindicação dos sindicatos.