07 jan, 2016
O treinador espanhol nunca conseguiu passar a mensagem sobre as suas ideias de jogo e as opções tomadas, por exemplo quando poupou dez jogadores frente ao Marítimo ou quando mudou o sistema em Londres porque não tinha André André e Aboubakar não estava nas melhores condições.
Por outro lado, a rotação de jogadores foi quase sempre incompreendida e muitas vezes mal sucedida.
A relação com a imprensa, com os adeptos e com os jogadores - como se percebeu após o encontro com o Rio Ave ao não tirar as mãos dos bolsos quando os jogadores passavam para o túnel de acesso aos balneários - nunca foi a melhor.
Na época passada, Lopetegui não venceu nenhum troféu. Teve a atenuante da adaptação à cultura do clube e do futebol português. Esta temporada a margem de erro era mais reduzida. A equipa não é tão forte como a do ano passado mas foi contratado o jogador mais caro da história do futebol português, Imbula - estranhamente pouco utilizado pelo treinador espanhol - e chegaram nomes sonantes como Casillas, Maxi Pereira e jogadores interessantes como Layún, Danilo Pereira e Corona.
O FC Porto falhou o acesso à fase a eliminar da Liga dos Campeões e em cinco dias, após a passagem do ano, caiu de líder para o terceiro lugar, a quatro pontos do Sporting.
A contestação subiu de tom e parecia não ter retorno. Acabou por acontecer o inevitável. Os adeptos suspiram de alívio e dão tréguas aos lenços brancos. A SAD portista, 611 dias depois, dá a mão à palmatória a um flagrante erro de casting.