Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

​Governo de Costa é um dos maiores desde 1976

25 nov, 2015 - 16:24

Só o Governo de Pedro Santana Lopes teve mais ministérios.

A+ / A-

O Governo liderado por António Costa, que tomará posse na quinta-feira e integra 17 ministros, além do primeiro-ministro, é um dos maiores dos vinte executivos Constitucionais desde 1976, que tiveram em média 16 ministérios.

Maior que o Governo de António Costa, apenas existiu um: o executivo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Santana Lopes, que contava com 19 pastas, incluindo o lugar de primeiro-ministro.

O Governo de Santana Lopes tinha apenas três mulheres - Maria do Carmo Seabra (Educação), Maria da Graça Carvalho (Ciência, Inovação e Ensino Superior) e Maria João Bustorff (Cultura). O executivo de António Costa terá quatro ministras: Maria Manuel Leitão Marques, com a pasta da Presidência e da Modernização Administrativa, Constança Urbano de Sousa, na Administração Interna, Francisca Van Dunem, titular da pasta da Justiça, e Ana Paula Vitorino, que ficou com o ministério do Mar.

O número de ministérios do Governo de António Costa apenas foi igualado pelo segundo executivo de António Guterres e pelo executivo de Durão Barroso que no total, contando com o cargo de primeiro-ministro, tinham 18 pastas atribuídas.

O executivo mais pequeno da história da democracia portuguesa foi o primeiro Governo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho que, quando tomou posse, a 21 de Junho de 2011, tinha apenas 12 elementos, contando com o primeiro-ministro. Contudo, no final da legislatura, o executivo já contava com 15 pastas.

É preciso recuar aos anos 80 para encontrar dois executivos pequenos: o primeiro Governo de Cavaco Silva, em 1985, e o Governo de Francisco Sá Carneiro, em 1980. Os dois executivos liderados por sociais-democratas tinham 14 ministros, incluindo o primeiro-ministro.

Desde a primeira e única mulher a governar Portugal - Maria de Lurdes Pintasilgo, no topo da hierarquia do quinto Governo Constitucional (1979) - a equipa com maior número de membros femininos foi a escolhida pelo socialista José Sócrates no seu segundo mandato, entre 2009 e 2011.

Entre os 16 ministros, havia cinco mulheres: Ana Jorge (Saúde), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social), Isabel Alçada (Educação), Dulce Pássaro (Ambiente e Ordenamento do Território) e Gabriela Canavilhas (Cultura).

O I Governo Constitucional, liderado pelo socialista Mário Soares, tomou posse em 23 de Julho de 1976, depois da vitória nas eleições legislativas de 25 de Abril desse ano, tinha 16 pastas, todas atribuídas a homens, com a particularidade de o líder do executivo ter também a tutela dos Negócios Estrangeiros.

O executivo que quinta-feira terminará funções, o segundo Governo liderado por Pedro Passos Coelho, ficará também para a história, não pelo número de pastas, mas porque vai ser o mais curto da democracia portuguesa até hoje ao governar por apenas 28 dias.

Os mais curtos executivos que Portugal já tinha conhecido duraram um mês e meio e três meses, sendo o primeiro provisório e liderado por Vasco Gonçalves, em 1975, e o segundo Constitucional e chefiado por Nobre da Costa, em 1978.

Quanto ao número de secretários de Estado, o Governo de António Costa terá 41, mais cinco do que o último executivo de Pedro Passos Coelho.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Zita
    26 nov, 2015 lisboa 08:15
    Devolução de quê? Com tanta gente para se governar, como é que podem devolver alguma coisa? No entanto foi com a não aprovação do programa do governo legitimamente eleito que chegaram ilegitimamente ao governo, só se justifica a sua ascensão ao poder sem ganhar eleições fazendo tudo de modo diferente, mas com tanta gente faminta para sustentar vai ser difícil, mas cá estaremos se Deus quiser para julgar, se é que nos deixam é que da ultimamente não foi assim, os eleitores disseram que queriam Passos Coelho e o parlamento disse o contrário e prevaleceu, não a vontade do povo, mas a vontade de uns quantos eleitos (deputados). Espero que isto seja uma lição, que não deixe um Presidente de pés e mãos atadas, sem solução porque o que se ria legítimo e democrático nesta situação seria convocar novas eleições, por forma a que o Povo dissesse se queria um governo PS, PCP, Bloco e PAN. Isso sim seria democrático e legítimo.
  • Francisca
    25 nov, 2015 Porto 21:18
    E valente toca a por amigos e mais amigos,no governo,assim e que vao economizar.Boa, assim e que vai ser um grande governo a explorar .

Destaques V+