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Esquerda apresenta acordo quando for apreciado programa de Governo

28 out, 2015 - 13:47

A apresentação do acordo entre PS, PCP, Bloco e "Os Verdes" estará associada à discussão do programa de Governo PSD/CDS-PP, que acontece a 9 e 10 de Novembro.

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A apresentação do acordo entre PS, PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" para a formação de um executivo alternativo estará associada à discussão do programa de Governo da coligação PSD/CDS-PP, que acontece nos dias 9 e 10 de Novembro.

Este calendário foi referido aos jornalistas pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, no final da primeira reunião da bancada por si presidida.

"Dias 9 e 10 [de Novembro], o PS demonstrará que, não sendo a alternativa de Governo PSD/CDS aquela que se deseja para o país, há uma outra mais coerente, mais estável e mais duradoura. O acordo [entre as forças da esquerda parlamentar] ficará associado ao momento em que vamos apresentar o programa de Governo", declarou Carlos César.

Perante a insistência dos jornalistas na questão da divulgação do acordo entre as forças da esquerda parlamentar, Carlos César frisou que esse acordo para a formação de um Governo alternativo "ficará associado ao debate que vai ocorrer sobre o programa de Governo" da coligação PSD/CDS-PP.

"Será um acordo transparente. Demonstrará ao país e a todas as instituições envolvidas nos processos de decisão próximos que há uma alternativa estável, duradoura, respeitadora dos compromissos nacionais e que não é só um acordo de investidura, mas também um acordo de legislatura", acentuou o presidente do PS, aqui numa alusão ao Presidente da República.

Perante os jornalistas, Carlos César afirmou que o PS "garantirá uma conduta responsável e assente na melhor interpretação do interesse nacional".

"O PS só inviabiliza a constituição de um Governo que seja liderado pela coligação PaF (Portugal à Frente) existindo uma alternativa sólida e consolidada de Governo. Ou seja, o PS não deixa o país sem Governo. Estamos em condições de reiterar perante o país que essa alternativa de Governo existe, que o país terá Governo e que a vontade do Parlamento deve ser sempre respeitada", declarou o presidente do PS.

Carlos César criticou depois "a demora" no processo de constituição do Governo, "que agora foi atrasado pela decisão do Presidente da República" no sentido de indigitar o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, para formar novo executivo.

"Agora é preciso ultrapassar rapidamente este processo. A discussão do programa de Governo só ocorrerá nos dias 9 e 10 de Novembro, é mais um tempo desnecessário fica à espera e em que as instituições internacionais nos observam aguardando um desfecho", acrescentou.

Eleições na bancada do PS

Carlos César foi eleito esta quarta-feira líder da bancada socialista, sucedendo neste cargo a Eduardo Ferro Rodrigues, tendo obtido 71 votos favoráveis num total dos 85 deputados votantes, cerca de 83,5%.

Na eleição para a direcção da bancada do PS, de 86 deputados do PS, votaram 85 e registaram-se cinco votos contra e nove brancos.

Por escolha de Carlos César foram também eleitos vice-presidentes da bancada Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos, os únicos que transitam da anterior direcção do Grupo Parlamentar do PS.

A lista de vice-presidentes inclui ainda João Galamba e Fernando Rocha Andrade (ambos do Secretariado Nacional do PS), Lara Martinho (Açores), Carlos Pereira (Madeira), Pedro Delgado Alves, José Apolinário, Susana Amador, José Luís Carneiro, Helena Freitas e Ana Paula Vitorino.

Na mesma série de votações na bancada socialista, o secretário nacional do PS para a Organização, Jorge Gomes, foi eleito para presidir ao Conselho de Administração do Grupo Parlamentar, tendo obtido 75 votos a favor, dois contra e oito brancos.

Já o deputado João Paulo Correia (eleito pelo círculo do Porto) foi eleito presidente do Conselho Fiscal do Grupo Parlamentar, com 79 votos a favor, um contra e cinco brancos.

Da anterior direcção do Grupo Parlamentar do PS, que era liderada por Ferro Rodrigues - entretanto eleito na sexta-feira para o cargo de presidente da Assembleia da República -, faziam parte o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), Marcos Perestrello, o antigo ministro Vieira da Silva, assim como os deputados Sónia Fertuzinhos, Hortense Martins, Inês de Medeiros, Isabel Santos e João Paulo Correia.

Saíram também dos cargos de vice-presidentes, por já não terem integrado as listas de candidatos a deputados do PS nas últimas eleições legislativas, Luís Pita Ameixa, Mota Andrade e Jorge Fão.

Comentários
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  • Calma :-)
    29 out, 2015 Lisboa 19:31
    Meu caro amigo. Olhe a tensão arterial. Não vai um cházinho de tília?! O seu PS vai governar, não se apoquente. Está nervoso porquê? A austeridade vai acabar. Olá se vai! Qual é o seu stress :-)? Costa vai ser ... um primor, um verdadeiro "Ás", a acabar com a austeridade. Vai dar tudo de volta a toda a gente, e rapidinho. E vai explicar à Sra. Lagarde que assim é que é, senão o "Avô" Jerónimo zanga-se. Portanto, acalme-se e espere só mais uns diazinhos. O Governo PS/BE/PCP é já, já a seguir. Está mesmo ao virar da esquina. Duvida? Olhe que eu não. Passos Coelho não fica num Governo de gestão nem que lho peçam de joelhos. É ao PS que vai ser estendida a passadeira vermelha. Só terá de observar o cuidado de se não embrulhar todo nela, e acabar por dar um valente tropeção ...
  • Ao Calma
    29 out, 2015 Lis 07:39
    Devemos de andar a ver canais de televisão diferentes. Na minha casa, não se vê a coligação a fazer nenhum recuo estratégico, muito pelo contrário. Vê-se sim a coligação a esmifrar-se para não perder o poleiro, e sim, a recuar na arrogância e na prepotência que sempre lhes foi característica, para ver se ainda consegue um entendimento com o PS e manter o tacho. A altivez e a insolência de dia 4 de Outubro, e seguintes, quando se reuniram com Costa pela 1ª vez, saiu-lhes cara. Não foi mesmo nada inteligente. São por demais as evidencias que afastam a direita (extremada pelo CDS) da esquerda. Que a esquerda não é perfeita, pois não é. Que o PS mais parece um saco de gatos...Pois Passos e Portas também levam com uma Manuela Ferreira Leite e com um Pacheco Pereira a esgatanhar-lhes a pele. Os tempos são outros, os dirigentes de esquerda são outros, mais moderados, e por isso acredito que irão chegar a um consenso. Porque, uma coisa é certa, da forma como esta coligação Paf deixou Portugal, pior não vai com certeza acontecer. A Austeridade não resultou, e só empobreceu ainda mais o País. Só não vê quem não quer, ou quem tem uma "paixão" partidária cega. Portugal está no chão. Os resultados de entidades idóneas assim o refletem, obviamente e em contrário dos resultados divulgados pela Paf que, ao cair do véu, vêm sempre associados a manipulações e aldrabices (conforme os media relatam). E acredite, eu em 2011 dei-lhes o meu voto. Mas com esta direita no poder. NÃO! e NÃO!
  • Calma :-)
    28 out, 2015 Lisboa 23:44
    Não, meus caros :-). É bom que eles arranjem mesmo o tal peregrino acordo, porque António Costa VAI SER OBRIGADO a governar. Passos Coelho sairá, voluntária e muito inteligentemente, de cena, e deixará o palco todo a Costa. Portanto o dito e tão repetidamente badalado acordo vai ter mesmo de aparecer à luz do dia, nem que seja com medidas aprovadas uma a uma, como quer o "Avô" Jerónimo. Costa foi longe demais nas suas manigâncias, e agora já não tem recuo. Assim que derrubar o Governo da Coligação, Costa OU GOVERNA, OU GOVERNA. Já não pode fugir para lado nenhum, e terá de "beber até ao fim a taça de cicuta". E se o PS já é um "saco de gatos" só por si, então, num Governo apoiado por BE e PCP, vai ser uma coisa digna de se ver. Repito o que já disse por várias vezes aqui: Recuo estratégico da Coligação, entrincheirar na oposição, e vamos aguardar a "fita de cinema" que se segue. Em silêncio. Tranquilamente. O Dr. Costa vai ter de fazer a aprendizagem da arte do contorcionismo. Entre a União Europeia e demais instâncias internacionais, por um lado, e o BE e o PCP, por outro (e assim que estes começarem a pôr as garras de fora), vamos ver com que "formato" fica o Dr. Costa. A mim palpita-me que será algo parecido com um "oito". E o que vos parece a vós? Ai! Pobre Francisco Assis que, mais adiante, não sei que cacos do PS ainda vai encontrar e, eventualmente, conseguir colar!
  • agricultor
    28 out, 2015 lisboa 18:02
    Ainda eles dizem que lutam pela democracia e bem estar do país,então como podem formar governo sem terem ganho as eleições, ganda cambada de lunáticos, que eu saiba isso não é democracia mas sim uma ganda vigarice.
  • andre souza
    28 out, 2015 SALVATERRA DE MAGOS 17:37
    Então é desta vez que os comunistas e bloquistas se chegam à frente?
  • Costa és um tangas
    28 out, 2015 Portugal colónia de Bruxelas 17:20
    Ainda acreditam nisto? Será um governo de treta e Costa será obrigado a seguir as mesmas políticas de Passos. PCP e BE abandonarão o barco aos primeiros sinais de pressão da UE. Costa, o Tangas, ficará na história como o político que destruiu o PS e potenciou a mais ampla maioria de direita da história em Portugal. Não dou nem um ano
  • Para o Banzé
    28 out, 2015 Açor 15:39
    Faço minhas as tuas palavras, BANZÉ. Estás coberto de razão. Eu próprio já disse isso muitas vezes.
  • A. Moura
    28 out, 2015 lx 15:19
    Deve ser um acordo transparente, tão transparente, que o Presidente não o vai conseguir ver! E, por isso, receio bem que não o vá aceitar. Costa ainda vai sofrer bastante. E o medroso do Marcelo ( é um bocado medroso, tem que se dizer) que anda com medo de herdar um governo de gestão , vai ter que descalçar a bota!
  • Maria
    28 out, 2015 Porto 14:58
    Qualquer que seja o "tal Acordo" que a Esquerda diz apresentar, está a assinar a sua sentença de morte! Vai-nos sair caro a todos, mas nós vamos aprender... e espero que não esquecer tão cedo!!
  • Banzé
    28 out, 2015 Braga 14:51
    Não vai ser tão facil quanto fazem parecer... esquecem-se de referir que a desunião europeia, os mercados, os banqueiros, a maçonaria, etc... já estão a ingerir na nossa politica interna, e estão a pressionar o Costa para apoiar passos coelho.Isto é apenas para brincar aos politicos. Não vai haver queda do governo, porque o PS sabe que se for governo, vai ter que meter o acordo de esquerda na gaveta. Portugal já não é soberano, e portanto será obrigado a submeter-se às ordens de Bruxelas.É tudo politiquices. O que os partidos dizem não é para levar a sério. Fico impressionado com gente que ainda pensa que os partidos e governos mandam em Portugal. Nós já não somos um país soberano. Os governos eleitos são fantoches da desunião Europeia. Costa irá continuar a política de Passos Staline Coelho, porque quem manda é o pacto assinado com a desunião Europeia que obriga Portugal a um deficit de 0,25% em 2020, e não há milagres para conseguir lá chegar sem cortes e aumento de impostos. A única verdadeira alternativa é sair do Euro, se não podem-se preparar para mais cortes e impostos até à destruição dos Portugueses e de Portugal. Mas pior, pior...é ver os Portugueses impávidos e serenos com a nossa perda de Soberania e independência Nacional

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