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Bullying. “Problema não é entre agressor e vítima, é com todos os que podem fazer a diferença”

20 out, 2015 - 13:02 • Isabel Pacheco

Assinala-se esta terça-feira o Dia Mundial de Combate ao Bullying.

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Depois de ser confrontado com um caso concreto, um professor de Braga decidiu criar a Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens, depois de dedicar a sua tese de doutoramento ao estudo do fenómeno.

Reduzir os comportamentos de bullying através da prevenção e da sensibilização dos alunos, dos pais e dos professores é o objectivo da nova associação (AABCJ), uma das primeiras iniciativas do género no país e agora criada por Paulo Costa, investigador da Universidade do Minho.

“Primeiro a prevenção”, aponta o professor. A associação vai ter “uma equipa psicólogos, inclusive voluntários, para prestar apoio individualizado às vítimas”, adianta à Renascença.

Até porque, justifica Paulo Costa, “muitas vezes, o problema não é entre o agressor e a vítima, é com os outros todos que podem fazer a diferença. Se os outros impedirem o agressor, se defenderem a vítima ou denunciarem a situação, se calhar estas coisas não têm continuidade”.

A prevenção faz-se, adianta, com a sensibilização em actividades lúdico desportivas mas também com o teatro e debates. Acções que vão passar pelas escolas de Braga e que deveriam fazer parte das actividades de enriquecimento curricular, defende o docente.

Paulo Costa aponta ainda a importância “da formação inicial dos professores que, não tendo, não conseguem diagnosticar”.

O investigador dedicou a sua tese de doutoramento ao estudo do bullying e concluiu que um terço dos jovens do terceiro ciclo de escolaridade são vítimas de agressão, física ou verbal, e que 75 % dos casos nunca chegam a ser denunciados.

Esta terça-feira, assinala-se o dia Mundial de Combate ao Bullying.

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