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Simplicidade de Taizé conquista pais e filhos

11 ago, 2015 - 13:24 • Eunice Lourenço

Comunidade ecuménica assina este ano um triplo aniversário: os 75 anos da sua fundação, os 100 anos do nascimento do seu fundador e os dez anos da sua morte.

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A comunidade ecuménica de Taizé em França assinala, este ano, um triplo aniversário. A pequena localidade foi abrigo de refugiados durante a guerra e é, há 75 anos, local de oração para crentes de várias confissões cristãs. E modelo para muitos grupos de oração pelo mundo fora.

Todos os anos, os monges recebem milhares de visitantes, sobretudo jovens, mas também famílias. A experiência de reflexão, simplicidade e oração vai passando de pais para filhos. Foi o que aconteceu na família Casanova.

O pai, Humberto, de 56 anos, não sabe ao certo quantas vezes já foi àquela comunidade ecuménica na região da Borgonha. Mas, claro, lembra-se da primeira vez, há quase 30 anos.

"Quando estava em França encontrei um grupo de oração na paróquia de Saint-Ambroise, em Paris, que foi importante. Era um grupo que se reunia, pelo menos de 15 em 15 dias, para rezar e reflectir. Foi com eles que fui pela primeira vez a Taizé, numa Festa de todos os Santos", recorda. Antes, tinha já estado em Barcelona num Encontro Europeu organizado pela Comunidade de Taizé.

Os encontros europeus são organizados cada ano numa cidade europeia no fim de cada ano civil. Humberto lembra-se de, em Barcelona, portugueses e espanhóis terem celebrado a entrada na CEE, depois da noite de oração de 31 de Dezembro.

Passar o testemunho
Humberto regressou a Taizé vários anos depois e quis passar o testemunho à família: "Voltei a Taizé já depois do ano 2000 em família com a minha mulher e os dois filhos – a mais pequena era mesmo muito pequena na altura. Ficámos num espaço em que as famílias são acolhidas e são organizados momentos em que as crianças são animadas por jovens e momentos de reflexão para os pais."

Agora, o filho Hugo vai sozinho e até já levou outros com ele a conhecer a colina de Taizé, habitada pelos monges vestidos de branco. "Fui pela primeira vez aos seis anos. Voltei algumas vezes até agora, umas vezes com os meus pais, outras sozinho. Uma vez até já levei um grupo comigo", diz Hugo, que, aos 19 anos, encontra na simplicidade a principal marca daquela comunidade ecuménica.

"Marcou-me muito pela música, pela espiritualidade, sobretudo naquela forma mais simples de viver a espiritualidade", afirmou este jovem à Renascença, antes de partir para Taizé, onde ao longo desta semana encontros, conferências e momentos de oração assinalam os 75 anos da fundação da comunidade ecuménica, os 100 anos do nascimento do seu fundador, o irmão Roger, e os dez anos da sua morte.

Ao longo desta semana, Taizé é ponto de encontro para milhares de jovens numa iniciativa chamada Encontro para uma Nova Solidariedade. Entre eles está um grupo da diocese de Lisboa, acompanhado pelo cardeal patriarca D. Manuel Clemente.
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