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Passos. "Lula da Silva não me veio pedir nenhuma cunha"

20 jul, 2015 - 15:31

Primeiro-ministro garante que ex-Presidente do Brasil não lhe pediu nenhum favorecimento para a empresa brasileira Odebrecht na privatização da EGF, a "sub-holding" da Águas de Portugal.

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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, diz que o ex-Presidente do Brasil não lhe pediu nenhum favorecimento para a empresa brasileira Odebrecht na privatização da EGF, a "sub-holding" da Águas de Portugal.



A garantia foi dada esta segunda-feira por Passos Coelho aos jornalistas, à margem de um fórum empresarial, em Lisboa.



Passos diz que "pode ter acontecido" que, nas três reuniões oficiais que teve com Lula, tenham sido abordadas as pretensões da Odebrecht, mas a título "meramente incidental ou exemplificativo".



Pressionado pelos jornalistas, o primeiro-ministro procurou ser mais taxativo: "O ex-Presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira."



"Para ser uma coisa que toda a gente perceba direitinho, é assim. Não me veio dizer: há aqui uma empresa que eu gostava que o senhor, se pudesse, desse ali um jeitinho. Isso não aconteceu. E nem aconteceria, estou eu convencido, nem da parte dele, nem da minha parte", afirmou.



O jornal brasileiro "O Globo" avançou que Lula da Silva terá pedido ao primeiro-ministro português para dar atenção aos interesses da construtora Odebrecht na privatização da EGF.



Lula e a Odebrecht são protagonistas da investigação "Lava Jato". Esta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa esclareceu ter recebido um pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades brasileiras que investigam o processo "Lava Jato".



Nas declarações feitas esta segunda-feira, Passos afirmou ainda que não recebeu nenhum pedido de informações das autoridades judiciais brasileiras sobre este assunto. "Não, nenhum", disse.



Lula da Silva é investigado por alegadamente favorecer a Odebrecht a obter contratos durante viagens para África e na América Latina, entre 2011 e 2014, quando já não era chefe de Governo.

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