Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Tragédia do Meco. Familiares vão recorrer do arquivamento

04 mar, 2015 - 16:42

Pai de João Gouveia, único sobrevivente da tragédia, diz que esta era a única decisão possível.

A+ / A-

As famílias dos seis jovens que morreram no Meco vão recorrer depois de conhecida a decisão do Tribunal de Setúbal, que conclui que não foi cometido qualquer crime na noite de 15 de Dezembro de 2013.

João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia do Meco, não vai ser julgado e o caso será arquivado.

Vasco Parente Ribeiro, advogado das famílias dos jovens, diz que vão recorrer e explica porquê: "Como é evidente, os pais entendem que devem recorrer, e, como advogado, tenho de respeitar essa decisão e entendo que existe motivo para isso".

"Vamos continuar a lutar. Esta decisão, ao contrário do que parece, não nos surpreende, porque foi anunciada quando ainda a instrução estava aberta. Já o senhor procurador do processo dava uma entrevista ao 'Expresso', no dia 10 de Outubro, onde afirmava que iria processar os pais e o advogado depois da decisão do senhor juiz de instrução. Isto diz tudo”, critica Vasco Parente Ribeiro.

Já o pai de João Gouveia, único sobrevivente da tragédia que envolveu alunos da Universidade Lusófona, diz que esta era a única decisão possível.

"A decisão vem confirmar a realidade dos factos. A paz tem de ser construída. Foi muito massacrado ao longo de muitos meses por uma realidade ficcionada, a paz tem de ser reconstruída progressivamente. Respeitemos aqueles que faleceram e deixemos quem sobreviveu reconstruir a sua vida", afirmou.

A decisão foi revelada esta quarta-feira pelo juiz de Instrução do Tribunal de Setúbal, concluindo que não foi cometido qualquer crime na noite de 15 de Dezembro de 2013.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+