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Familiares de vítimas do Meco não recorrem da decisão do Tribunal de Évora

13 jan, 2015 - 00:58

Advogado das famílias tinha avançado com um incidente de recusa do juiz de instrução do processo, por alegada proximidade entre este magistrado e o procurador da República que arquivou o inquérito.

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Os familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco decidiram não recorrer da decisão do Tribunal da Relação de Évora, que indeferiu o pedido de afastamento do juiz de instrução do processo.

“O nosso advogado vai prescindir do prazo de 30 dias que tínhamos para apresentar recurso da decisão da Relação de Évora. E vamos esperar que o juiz do tribunal de Setúbal avance com a fase de instrução”, disse à agência Lusa Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das jovens que morreu na praia do Meco a 15 de Dezembro de 2013.

O inquérito instaurado na sequência da morte dos seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa tinha sido arquivado pelo procurador do Ministério Público do Tribunal da Almada, mas o advogado das famílias, Vítor Parente Ribeiro, pediu a abertura de instrução, pretensão acolhida por um juiz do Tribunal de Setúbal.

Em Novembro do ano passado, Vítor Parente Ribeiro avançou com um incidente de recusa do juiz de instrução do processo, por alegada proximidade entre este magistrado e o procurador da República que arquivou o inquérito, pretensão que foi recusada pelo Tribunal da Relação de Évora.

Embora ainda tivessem a possibilidade de recorrer da decisão, os familiares decidiram aceitar a decisão do TRE e prescindir dos 30 dias que tinham para apresentar recurso, na esperança de que o processo possa avançar mais rapidamente.

O processo judicial instaurado na sequência da morte de seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa, que se encontravam na praia do Meco, Sesimbra, tinha sido arquivado pelo Procurador do Ministério Público do Tribunal da Almada, que considerou não haver indícios de crime. Mas, o advogado das famílias dos seis jovens decidiu pedir a abertura de instrução, pretensão que foi acolhida por um juiz do Tribunal de Setúbal.

Os familiares dos seis jovens afirmam-se convictos de que a investigação sobre o caso "ficou pela rama" e dizem ter muitas dúvidas quanto à versão contada por João Gouveia, segundo a qual o grupo de universitários terá sido surpreendido e arrastado por uma onda quando se encontravam numa praia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro.

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