Visto como um possível protagonista de uma mudança no PSD, Morais Sarmento admite mexidas no PSD e também no CDS na sequência das autárquicas. O antigo ministro não espera um bom resultado do seu partido nas eleições locais, "incluindo em Lisboa".
"Se temos outros fogos, temos que mandar um psicólogo com a ministra, porque, antes de chorarem as populações, chora a ministra", diz o antigo ministro do PSD.
Para o deputado e dirigente do PS, está-se "a criar danos no serviço público em nome de algo que não é suficiente ponderoso". Nuno Morais Sarmento acha o contrário: "Era evidente que isto ia acabar em conflito de interesses."
Em causa está uma decisão tomada por António Costa quando era ministro da Administração Interna e que poderá ter tido influência nas falhas apontadas ao SIRESP no combate ao incêndio de Pedrógão Grande. Na altura, foi substituída a referenciação via satélite por torres de comunicações.
O antigo ministro da Presidência diz ser insuportável não haver ainda uma acusação no caso que envolve José Sócrates e considera que eventuais novos indícios não devem travar a formulação de um desfecho deste fase do processo até sexta-feira.
O antigo titular da pasta da Justiça não acredita que a acusação da Operação Marquês seja formulada no prazo previsto pela Procuradora Geral da República e diz não ter indícios de uma perseguição política a partir da investigação. Já Nuno Morais Sarmento diz ser evidente que o processo condicionou opções políticas individuais, desde logo do próprio José Sócrates.
Neste noticiário: Governador do Banco de Portugal defende-se e diz que a lei não lhe permitia ter afastado Ricardo Salgado do BES; Morais Sarmento questiona o que aconteceu à metade do capital do BES que desapareceu; nova avalanche em estância de esqui francesa faz um morto e dois desaparecidos; grupo Lena e o seu administrador constituídos arguidos da "Operação Marquês"; estudo europeu diz que investir na igualdade de género pode gerar 10 milhões de empregos até 2050.
O social-democrata diz que o Governador "pode terminar o caso BES fora do cargo" mas culpa Vitor Constâncio pela criação de muitos problemas no Banco de Portugal. Já Vera Jardim quer ouvir as explicações de Carlos Costa no Parlamento antes de avaliar se deve ou não manter-se à frente do banco central.
Numa análise ao impacto das primeiras decisões da Administração Trump, Nuno Morais Sarmento e Vera Jardim pedem uma reacção positiva europeia. Os comentadores do programa Falar Claro revelam-se cépticos em relação à forma como os líderes europeus se posicionam de momento, mas esperam que a estratégia da administração americana provoque uma reacção mais unida no velho continente.