Os economistas consultados pela Lusa preveem, em contabilidade nacional (a que conta nas comparações internacionais) um excedente entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 0,8% projetados pelo Ministério das Finanças em outubro.
Centeno espera ver "um arrefecimento" dos preços das habitações em Portugal e do número de vendas — ou seja, que os preços deixem de subir à velocidade dos últimos tempos – mas sem consequências para a estabilidade do setor financeiro.
Agora que a inflação está a descer a um ritmo acelerado "a política monetária terá de responder", Centeno defendeu que é preciso trabalhar "nos próximos meses para dar estabilidade neste processo e garantir que quando as taxas de juro tiverem de descer, vão descer".
Em causa está o convite de António Costa para Mário Centeno liderar o Governo, após a queda do executivo socialista na sequência da Operação Influencer.
Governador do Banco de Portugal alerta que, com a redução da taxa de inflação, a taxa de juro real fica cada vez mais alta. E defende: discussão sobre um eventual corte da taxas de juro não se centra sobre "se vai existir", mas sim sobre "quando será".
No entender da comissão de ética, Centeno agiu com a reserva exigível, mas os desenvolvimentos políticos e mediáticos podem trazer danos à imagem do banco.
Comissão de Ética pede ao Governador, à administração e ao próprio Banco de Portugal que continuem empenhados na salvaguarda da imagem e reputação da instituição.