Até 25 de Julho há espectáculos grátis no Largo de São Carlos

No Verão, o Largo de São Carlos, em Lisboa, ganha um ar de festa: há música, bailado, canto e muita, muita gente a assistir. A Renascença é a rádio oficial e você pode ser nosso convidado!

O sucesso deste festival, já na sua sétima edição, transparece no gosto do público pelos fantásticos espectáculos proporcionados e pela grande procura de lugares.
Em 2015, a juventude é o mote para mais uma edição do Festival ao Largo. “Novas Gerações” foi o nome escolhido para agrupar metade dos programas de música apresentados; a outra metade está a cargo da Orquestra Sinfónica Portuguesa e/ou do Coro do Teatro Nacional de São Carlos.

Destacar os mais jovens e dar-lhes espaço para que demonstrem os seus talentos é um dos grandes objectivos. Temos a certeza que irá testemunhar grandes performances e que concordará que o futuro da música, em Portugal e na Europa, está bem entregue.

De 3 a 25 de Julho são inúmeros os espectáculos que vão ter lugar no Largo de São Carlos, o de dia 10, por exemplo, é imperdível. Este “Diálogo com o Oriente” será integralmente preenchido com obras de compositores portugueses, duas das quais em estreia mundial. Nuno Côrte-Real e Tiago Cabrita estreiam no Largo, respectivamente, uma obra para gamelão e cordas e o primeiro acto de uma ópera, O Deus do Vulcão.

Já o espectáculo de abertura, “Broadway e o Novo Mundo” está a cargo da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Um concerto coral-sinfónico sob direcção da maestrina titular da OSP, Joana Carneiro, e com Sofia Escobar como solista.

Como já vem sendo tradição, também este ano serão distinguidas três grandes figuras do canto lírico: Elsa Saque, Álvaro Malta e Maria Cristina de Castro.

A encerrar a 7ª edição do Festival ao Largo, a Companhia Nacional de bailado vai prestar tributo ao Ballet Gulbenkian.

A Renascença é rádio oficial do Festival ao Largo e queremos garantir que os nosso ouvintes têm um lugar especial para assistir a todos os espectáculos. Fique atento e participe nos passatempos para garantir um lugar nesta grande festa.


Sobre os homenageados Elsa Saque e Álvaro Malta:
Elsa Saque 
Começou com 12 anos a frequentar aulas na Academia de Amadores de Música e mais tarde estudou no Conservatório Nacional. Com apenas 15 anos ingressou no Coro Vocal Feminino Harmonia e as suas notáveis qualidades artísticas justificaram a atribuição de uma bolsa de estudos pelo Instituto de Alta Cultura, para frequentar o Centro di Avviamento al Teatro Lirico, de Palermo – onde aperfeiçoou a sua técnica vocal com o grande barítono Gino Bechi e o tenor Tomás Alcaide.
Aos 19 anos iniciou a sua carreira de solista interpretando o seu primeiro papel, o de pastor, na ópera Tosca de Puccini.
A partir daí construiu uma sólida e diversificada carreira operática, tendo desempenhado inúmeros papéis ladeada pelas maiores estrelas da lírica, tendo ainda sido reconhecida com diversos prémios.

Álvaro Malta
É um cantor incontornável na história da lírica portuguesa do século XX, pela longevidade da carreira, pela qualidade inalterada da mesma, pela imensidade de repertório e pelos ilustres colegas com quem partilhou musical e teatralmente os palcos.
Álvaro Malta estudou no Seminário do Patriarcado e na Faculdade de Medicina de Lisboa (ingressou no quadro médico da Maternidade Alfredo da Costa e adquiriu o título de especialista em Obstetrícia e em Ginecologia).
Os exames de solfejo fê-los no Conservatório Nacional e o estudo do canto foi iniciado com Elena Paggi Pellegrini, que se manteria como sua única professora.
O palco do Teatro Nacional de São Carlos foi um dos mais importantes da sua atividade musical. Em primeiro lugar, porque foi neste teatro que em 1949 ele iniciou a sua carreira como elemento do Coro do Teatro.
Aos 20 anos, iniciou uma carreira profissional como solista, onde interpretou mais de uma centena de papéis nas temporadas do Teatro de São Carlos. Nestas apresentações cantou ao lado de algumas das mais amadas vozes do século XX. Integrou, por exemplo, a famosa produção de La traviata de 1958, com Maria Callas e Alfredo Kraus.
O repertorio de Álvaro Malta foi extensíssimo e diversificadíssimo, o que lhe permitiu colaborar com grandes mestres em todos os campos, não esquecendo ainda a sua incursão na ópera russa.
De assinalar também a sua participação em inúmeras récitas de óperas de compositores nacionais: A Serrana, Mérope, As Guerras de Alecrim e Manjerona, ou ainda a criação de Camões na estreia mundial, em 1975, da ópera O Canto da Ocidental Praia de António Victorino de Almeida.

Se não puder assistir a todos os espectáculos aqui ficam os principais destaques. Consulte o programa detalhado na página oficial do evento.

Programação do Festival ao Largo a decorrer no Largo de São Carlos, em Lisboa (Concertos às 21h30, bailado às 22h):

DIAS 3 E 4: BROADWAY E NOVO MUNDO
Obras de Aaron Copland, Leonard Bernstein, Ennio Morricone, Ennio Morricone, Andrew Lloyd Webber, John Williams, Ennio Morricone, Frederick Loewe , Antonín Dvořák
Direção musical Joana Carneiro
Solista Sofia Escobar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular Joana Carneiro
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giovanni Andreoli

DIA 7: NOVAS GERAÇÕES I
Gioachino Rossini, Felix Mendelssohn, César Franck
Direção musical Philippe Gérard
Violino Camille Babut du Marés
Orquestra da Universidade de Louvain-la-Neuve

DIA 8: NOVAS GERAÇÕES II - Concerto de Homenagem a Elsa Saque e Álvaro Malta
Obras de Edward Elgar, Gioachino Rossini, Giacomo Puccini, Giacomo Meyerbeer, Anton Bruckner, Edward Elgar
Direção musical Christopher Bochmann
Soprano Sandra Medeiros
Orquestra Sinfónica Juvenil

DIA 9: NOVAS GERAÇÕES III
Claude Debussy La Mer
Piotr Ilitch Tchaikovsky A Bela Adormecida
Direção musical Kees Bakels
Orquestra Juvenil da Irlanda

DIA 10: DIÁLOGO COM O ORIENTE
Música tradicional para Gamelão de Java e música tradicional Balinesa, de G. de Purana e I. Wayan Gandera, arr. de Gilbert Stoeck para Gamelão de Java
Nuno Côrte-Real Cycles, obra para Yogistragong e quarteto de cordas Estreia Mundial
Tiago Cabrita música; António Pacheco Libreto pera O Deus do Vulcão Estreia Mundial (1.ª cena)
Direção musical Osvaldo Ferreira
Grupo de Gamelão Yogistragong
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular Joana Carneiro
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giovanni Andreoli

O Deus do Vulcão é pioneiro na fusão da ópera ocidentalizada com orquestra, coro e solistas, com o Gamelão de java; é o primeiro documento musical feito sobre o vulcão Kawah Ijene (Vulcão Azul da ilha de Java) os mineiros.

DIA 11: CONCERTO SINFÓNICO
Obras de Johannes Brahms, Armando Mota
Direção musical Osvaldo Ferreira
Piano Svetelana Andreeva
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular Joana Carneiro

DIA 14: NOVAS GERAÇÕES IV
Obras de Mischa Spoliansky, Nacio Herb Brown, Sholom Secunda, Richard Rodgers, George Gershwin, Irving Berlin, Paul Desmond, Cole Porter
Direção musical e piano Nuno Margarido Lopes
Percussão Pedro Araújo e Silva
Contrabaixo Pedro Sousa
Soprano Marta Martins Coelho
Trio On The Ritz
Coro Juvenil de Lisboa

DIA 15: COROS DE ÓPERA
Obras de Paul Dukas, Richard Wagner, Johann Strauss, Aleksandr Borodin, Piotr Ilitch Tchaikovsky
Direção musical João Afonso Cerqueira
Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giovanni Andreoli

DIA 16: NOVAS GERAÇÕES V
Obras de Joly Braga Santos, Helder Bettencourt, David Gillingham, James Barnes, Oscar Navarro
Direção musical Francisco Sequeira
Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Artes do Montijo

DIAS 17 E 18: HINO À JUVENTUDE
Dia 17
Obras de Leonard Bernstein, Camille Saint-Saëns, Joly Braga Santos
Direção musical Pedro Neves
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular Joana Carneiro
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giovanni Andreoli

Dia 18
Obras de Leonard Bernstein, Édouard Lalo, Joly Braga Santos
Direção musical Pedro Neves
Violino Bruno Monteiro
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular Joana Carneiro
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giovanni Andreoli

DIAS 23, 24 E 25: BG - HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN
22h - Companhia Nacional de Bailado

Treze Gestos de um Corpo
Coreografia Olga Roriz

Será que é uma estrela?
Coreografia Vasco Wellenkamp

Minus 16
Coreografia e Figurinos Ohad Naharin