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Feito à mão, em Portugal e com muito talento

04 nov, 2013

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Feito à mão, em Portugal e com muito talento

Há coisas maravilhosas a serem criadas em Portugal. Muita gente com vontade de trabalhar, criar, recuperar, inovar, imaginar e pôr em prática com as suas próprias mãos.
São artistas portugueses cheios de talento. Uns descobriram a sua arte desde cedo, outros foram empurrados pela vida e hoje não se imaginam a fazer outra coisa.

- Guitarras, sapatos, madeiras, lã, são algumas das criações que lhe damos a conhecer na Renascença. Mas há mais, há muito mais talento escondido no nosso país. Um bom exemplo é o site www.caseiro.pt - comunidade portuguesa de produtores e produtos caseiros.
Fazem compotas, cozem tecidos, trabalham o barro, apertam fios em teares, juntam contas ou criam novas formas a partir de coisas velhas e partilham tudo na rede. Em Caseiro.pt qualquer pessoa pode divulgar, de forma gratuita, o seu trabalho, desde que seja feito em Portugal e… caseiro.

- Ao fim de 23 anos, foi na sua cidade de sempre que a designer Ana Nascimento descobriu “As Mãos de Lisboa”. Mãos que trabalham sem parar, que dão vida a materiais e que não deixam morrer o “feito à mão”. O que para ela era novidade, para muitos era o trabalho de uma vida. Para que estas mãos não ficassem esquecidas Ana criou o www.asmaosdelisboa.com. Faça uma visita a esta página e descubra latoeiros, bordadeiras, encadernadores ou relojoeiros de Lisboa. E já agora, da próxima vez que passear pela sua cidade, olhe com atenção e vai ver que pode descobrir mais pares de “mãos” trabalhadoras.

- Numa época de tecnologias avançadas, é à mão que todo o trabalho é feito na Fundação Ricardo Espirito Santo Silva. É através das mãos que ganharam sabedoria que se restauram e criam novas peças. Fomos conhecer quatro casos de trabalhadores desta Fundação que comemora 60 anos. VEJA O VÍDEO e percorra as salas, oiça o testemunho de quem diz que é através das farpas da madeira que a sabedoria entra nas mãos e de quem tece obras que já foram expostas em Versalhes! 

- Não há som igual ao de uma guitarra portuguesa. A forma, a dimensão da caixa de ressonância, o cavalete móvel em osso, as 12 cordas metálicas, o cravelhal em forma de leque, uma afinação única.
Mas só um artista a pode fazer assim, num ofício que não é para todos. No portal da guitarra portuguesa vai encontrar uma lista de talentosos construtores e reparadores. Há ainda oficinas em muitos lugares de Portugal numa uma arte para redescobrir por estes dias em http://www.guitarraportuguesa.org/

- Se acha que uma Retrosaria é coisa do passado é porque ainda não conhece a Retrosaria de Rosa Pomar.
Está a ver aqueles bonecos ali em cima? Nasceram da imaginação e das mãos de Rosa Pomar e hoje estão à venda nesta Retrosaria. Um lugar onde o tempo passa à velocidade das mãos que trabalham a lã e as agulhas.
Aliás, foi a sua paixão pela lã que fez com que Rosa Pomar criasse o seu próprio fio de lã.
Quando percebeu que a lã portuguesa podia estar à beira da extinção, Rosa Pomar resgatou-a. Investigou, recuperou tradições antigas, teceu novas ideias e criou o seu fio de lã 100% português.
Quando foi a última vez que visitou uma retrosaria? Não adie mais esse encontro com as linhas, os tecidos e as agulhas, vá a http://retrosaria.rosapomar.com ou, ainda melhor, passe pela Rua do Loreto 61, 2º Dto, Lisboa.

- Quem não resiste a cheirar um caderno novinho em folha (sim, estamos a falar de si!) sabe dar valor a uma encadernação tradicional. Capas personalizadas, folhas cortadas sem recurso a máquinas e cosidas com agulha e linha. São assim os cadernos Beija-flor que nascem das mãos da Raquel e da Su.
Como se todo este processo não bastasse ainda criaram uns maravilhosos “Azulejos de bolso”, cadernos com padrões inspirados em azulejos portugueses que poderiam estar em qualquer rua do nosso país.

- Se há sector em que Portugal de destaca é no do calçado. À tradição, qualidade e conforto juntam-se agora a inovação.
Dos sapatos mais delicados aos mais robustos, o calçado português continua a surpreender.
Em Leiria, a empresa Green Boots recuperou as tradicionais botas de pele que antes eram vendidas em feiras. E se antes (1955) estas botas eram usadas para trabalhar no campo ou nas fábricas, agora as Green Boots dirigem-se a um público mais abrangente mas com igual desejo de qualidade e durabilidade. Pode calçá-las em 9 modelos diferentes e tem 3 tipos de sola à escolha. São portuguesas e seguem a tradição, pode encontrá-las emwww.greenboots.pt.
Se prefere um calçado mais feminino, pode optar por umas Josefinas. Delicadas como uma bailarina, as Josefinas são uma marca portuguesa idealizada por Filipa Júlio e concretizadas por dois mestres sapateiros de São João da Madeira.
Criadas em Portugal e com materiais portugueses, as sabrinas Josefinas rodeiam os seus pés de tradição, sabedoria, beleza e conforto. O resultado final, nas cores mais apetecíveis, está em www.josefinas.pt.

- Da sua paixão pela joalharia, Filipa Branco criou a Artesanato Urbano. Unindo o tradicional dos mercados com o moderno das redes sociais, é assim que Filipa divulga os seus trabalhos, feitos à mão, únicos e cheios de cor.
Tal como muitos outros artistas portugueses pode conhecer este Artesanato Urbano na página oficial do facebook.
 
Tal como ela temos a certeza que há por aí muitos outros artesãos. Se também se dedica a um projecto português e “feito à mão”, deixe a sua informação nos comentários aqui em baixo. Queremos divulgar os trabalhos de mais artistas portugueses.