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Dia da Criança

Crianças: As vozes da Renascença como nunca as viu!

24 mai, 2012

Irrequietos, bem comportados, aventureiros, sonhadores: quando eram crianças eles eram assim!

Crianças: As vozes da Renascença como nunca as viu!

Quando era criança, quantas vezes lhe disseram “Quando fores maior vais compreender”? Provavelmente muitas! E de certeza que nunca ficava lá muito satisfeito com estas respostas!
Mas a verdade é que há coisas que só se aprendem com a idade, depois de se viver alguns anos, de se ultrapassar dificuldades, de ter algumas desilusões, e, de preferência, muitas mais alegrias.

Dia 1 de Junho foi Dia da Criança, por isso, convidamo-lo a entrar num regresso ao passado com as vozes da Renascença.
Viaje até ao tempo em que a Marta Ventura deslizava pela neve num saco de plástico; o Paulo Soares usava como ninguém umas jardineiras encarnadas do Mickey; a Paula Pinto participava na peça da Carochinha, a Elisabete aprendia a tirar fotografias e o Júlio Heitor passava horas a andar de triciclo.
A brincar, a fazer pose ou em verdadeiros “instantâneos”, espreite as fotografias e delicie-se com esta faceta mais desconhecida de alguns locutores da Renascença.

Mas se ser criança é bom, a idade também traz muita sabedoria. Por isso, as vozes da Renascença partilham consigo alguns conselhos que eles próprios teriam dado às suas versões enquanto criança:

Se pudesse, a Marta Ventura teria dito à pequena Marta: “Não tenhas pressa em crescer!”
O Carlos Bastos gostava de ter dito: “A mãe e o pai têm (quase) sempre razão”!
Se o Júlio Heitor se pudesse encontrar com o Júlio Heitor enquanto criança partilhava este conselho: “Olha sempre em frente… cuidado com as distracções”
Já o Pedro Simões, se encontrasse a sua versão enquanto criança, dizia-lhe: "Trata bem o teu animal de estimação. Ganharás um amigo e excelentes recordações para toda a tua vida".
A Paula Pinto, se conseguisse viajar no tempo, dava um óptimo conselho à pequena Paula: “Segue os teus sonhos e gosta de ti, tal como és!”
A Sónia Santos era bem mais prática e diria: "Olha que isso da Farinha Predilecta é um mito! Não dá energia coisa nenhuma, engorda mas é!"

As fotografias do Óscar perderam-se entre as várias mudanças de casa, mas quanto a conselhos aqui ficam as palavras do Óscar Daniel: “Diz-me a minha mãe, uma fonte insuspeita, que eu era um menino muito sossegado. Por isso se tivesse de dar um conselho a mim mesmo, quando criança seria para ser mais traquinas e viver mais aventuras.”

Para a Ana Paula: “Como era sempre um sacrifício para mim comer sopa, a minha mãe costumava dizer-me come a sopinha toda, porque um dia destes aparecem por aí, uns senhores, os "papões", que papam tudo por ti, não deixam nem a sobremesa nem sequer a sopa. Moral da história: hoje estou extremamente arrependida de não ter comido a sopa toda, porque a minha mãe tinha sempre razão.”

A Isabel Pereira gostaria de aconselhar a sua mini-versão assim: “Vá Isabel, faz birras!! Aproveita para rabujar tudo o que tens que rabujar quando a mamã te acordar muito cedo. Tens sono? Rabuja! Mas não penses mal da mãe. É para teu bem! Um dia vais ter que rir muito de manhã, e vai ser tua essa voz que soa ao ouvido a dizer… está na hora de AACCOORRDDAARR!”

Já o António Freire faz uma viagem ao século passado e diz:
“Que conselho poderia dar? Bom, talvez não pareça pela foto, mas a verdade é que – hoje em dia – daria ao “pequeno” António (“Tó” para a família…) um bom conselho: ser um pouco menos tímido e envergonhado. Nas aulas, por exemplo… a avaliação dos professores incluía sempre aquela nota final: bom aluno, mas pouco participativo… dessa não me escapava mesmo. Bom, mas quantos não são os que se mostram extrovertidos para, afinal, esconder a timidez?
O escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo é um bom exemplo: «O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Vive acossado pela catástrofe possível: vai tropeçar e cair.... E tem a certeza de que, cedo ou tarde, vai acontecer o que o tímido mais teme e lhe tira o sono: alguém vai passar-lhe a palavra.»

Para o Paulo Soares o conselho para o Paulo pequenino era mais na área da moda: “Lá porque és do Benfica desde pequenino, o vermelho fica-te mal. Já olhaste bem para essas jardineiras, pá?! Mas o que é isso? Os anos 70 foram tramados!” (Veja a fotografia nesta página e veja se concorda!)

Enquanto crianças, o João Sismeiro e o Luís Salgueiro admitem que tinham o chamado “bichinho carpinteiro”. Assim, não é de espantar que se o João encontrasse agora o João criança lhe dissesse para “deixar de parecer que estava sempre ligado à corrente e parar quieto! E acima de tudo poupar os pais para não ficarem cheios de cabelos brancos!”. Já o Luís resumia tudo na pergunta: “Achas que podes estar sossegado um bocadinho?”

Se é verdade que todos temos uma criança dentro de nós esta é a altura de celebrá-la! A nós só nos resta esperar que os mais crescidos continuem a aproveitar todo o tempo que têm com os mais pequenos e que as crianças apreciem aquilo que podem aprender com os adultos.