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TR-18 a 22 de maio

2015: um ano para despertar consciências, tornar o mundo mais justo!

13 abr, 2015

Tempo de olhar, cuidar, reflectir… Maio foi o mês da Paz e Segurança

2015: um ano para despertar consciências, tornar o mundo mais justo!

A Renascença associa-se ao Ano Europeu do Desenvolvimento e em cada mês destaca um tema para o qual todos devemos estar despertos. Maio foi o mês da Paz e Segurança.
 

70 anos após o fim da segunda guerra mundial, os conflitos e a violência continuam a manter as pessoas e os países bloqueados em ciclos de insegurança e de pobreza, comprometendo irremediavelmente quaisquer tentativas de desenvolvimento sustentável. A melhor solução é adotar uma abordagem coletiva, abrangente, desde o alerta rápido e a prevenção à recuperação rápida, estabilização e consolidação da paz.
A Paz, dizia Nelson Mandela, é a maior arma de um povo para o desenvolvimento… Mas estas palavras ainda procuram um sentido em muitos lugares do mundo!

As políticas e programas de desenvolvimento devem procurar solucionar os conflitos, criar resistências e ajudar os países afetados a retomar um percurso de desenvolvimento sustentável, de modo a que as pessoas possam viver em sociedades estáveis e em paz.

Este é um exemplo que se pode destacar: Desde 2009 que a União Europeia acompanha o processo de paz nas Filipinas, de onde nos chegam histórias como esta, de destruição mas também de esperança:


Em 2000, um dos principais grupos rebeldes, a Frente Moro de Libertação Islâmica, lançou uma série de ataques. Em resposta, o Governo declarou uma guerra total. Várias aldeias viram-se envolvidas nos confrontos. (...)
Inudaran, que significa «sorte» na língua local, foi transformada, da noite para o dia, num campo de batalha sangrento.
No fim das hostilidades, a destruição era patente. Toda a população tinha abandonado a região –a aldeia de Inudaran não tinha um único habitante – e a maioria dos edifícios havia sido destruída de forma irreparável. A única escola primária local era agora uma ruína.
As escassas pessoas que ousaram regressar, rapidamente depararam com uma das heranças mais perigosas dos conflitos modernos: os engenhos explosivos não detonados. (...)
Em 2011, a aldeia lançou a sua nova divisa «Do campo de batalha para o pátio de recreio», quando acolheu o primeiro dos seus campeonatos anuais de long-board, naquela que se considera ser a maior pista para a prática deste desporto que existe em todo o continente asiático. Algumas das casas destruídas já foram reconstruídas e também foram erigidos novos edifícios, como um centro médico e um centro de dia. No entanto, muito há ainda a fazer: a escola local ainda se encontra em ruínas e muitos engenhos explosivos não detonados continuam a constituir um risco para a população.



O Ano Europeu para o Desenvolvimento (AED) é uma iniciativa que vai decorrer durante o ano de 2015 em todos os países da União Europeia, com o mote “O nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro”. O Ano Europeu para o Desenvolvimento foi proclamado em 2015 e tem na sua origem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Estes objetivos foram definidos em 2000, na Cimeira do Milénio, onde estavam reunidos os dirigentes mundiais que se comprometeram a atingir um conjunto de objetivos referentes a questões como a pobreza, o ambiente e o desenvolvimento.

Em 2015, tornou-se necessária uma nova Agenda de Desenvolvimento Global e neste sentido surgiu o Ano Europeu para o Desenvolvimento. O objetivo passa por informar, sensibilizar e promover o interesse, a participação ativa e o pensamento crítico dos cidadãos europeus relativamente ao desenvolvimento global.


Ano Europeu para o Desenvolvimento em Portugal:

Os estudos feitos antes do início do Ano Europeu para o Desenvolvimento revelaram que a maioria dos portugueses considera que ajudar os países em vias de desenvolvimento é importante e que essa ajuda deve ser aumentada.

A entidade coordenadora do Ano Europeu para o Desenvolvimento para Portugal é o Camões – Instituto de Cooperação e da Língua e a embaixadora desta iniciativa a actriz Cláudia Semedo.

O programa nacional português e os temas definidos para o Ano Europeu para o Desenvolvimento vão de encontro à nova Agenda para o Desenvolvimento Global. A campanha tem como intenção contribuir para informar, sensibilizar e promover o interesse, a participação e o pensamento crítico dos cidadãos portugueses no que diz respeito às políticas de desenvolvimento portuguesa e europeia e ao papel de Portugal e da Europa nos novos desafios impostos pelo desenvolvimento.

A meta final é um mundo mais justo, digno, sustentável e cumpridor dos Direitos Humanos, com a garantia das liberdades e dos direitos fundamentais e a erradicação da pobreza, o acesso universal à educação e à saúde, o acesso à água potável e a um ambiente saudável e a satisfação das necessidades básicas. Este grande objetivo implica a ação de todos: Estados, organizações internacionais, organizações da sociedade civil e cidadãos. A participação ativa de Portugal e dos portugueses é fundamental e imperativa.


A Renascença vai dar-lhe conta das várias iniciativas do Ano Europeu do Desenvolvimento ao longo dos próximos meses. Este mês as atenções estão viradas para a paz e segurança.

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