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Noé

Um filme Renascença inspirado numa história épica

31 mar, 2014

Nos cinemas a 10 de Abril

Um filme Renascença inspirado numa história épica

Num mundo corrompido e cheio de violência, um homem foi escolhido para uma tarefa que iria mudar o rumo da humanidade.
Inspirado na história bíblica de Noé, o filme de Darren Aronofsky traz uma nova visão sobre um dos episódios mais emocionantes do Antigo Testamento.

Filmado parcialmente nas paisagens inóspitas da Islândia, “Noé” é um filme cheio de acção e efeitos especiais impressionantes que trazem para o grande ecrã não só a enorme tarefa que Noé tem pela frente, mas também a luta que vai ter de travar com um poderoso rival e todos os opositores que, face ao dilúvio iminente, vão tentar apoderar-se da arca.

Esta é uma história de coragem, sacrifício e esperança com Russel Crowe no papel de Noé. Um relato cheio de acção, mas onde transparece ainda o lado emotivo de toda uma família e de um homem que se vê perante uma enorme responsabilidade. Para eles o fim será o início.

Do elenco de “Noé” fazem ainda parte Jennifer Connelly, Anthony Hopkins, Emma Watson, Ray Winstone e Logan Lerman.
A Renascença é a rádio oficial de “Noé” e temos convites para lhe oferecer para as antestreias em Lisboa (ZON Lusomundo Colombo, 21h30) e no Porto (ZON Lusomundo Norteshopping, 21h30) dia 9 de Abril. Fique atento à sua rádio e participe nos passatempos.
“Noé” estreia dia 10 de Abril.


O humano e o divino no filme «Noé» - A opinião do P. Armindo Vaz, Prof. da Univ. Católica e autor da legendagem do filme na versão portuguesa:

“Na minha visão, «Noé» é um filme rico em mensagem. Para descortinar um pouco da sua riqueza, sigo algumas linhas de leitura.
Desde logo, tomando como base da trama narrativa o mito de origem bíblico do dilúvio no livro do Génesis (capítulos 6-9), o filme capta e explora o mais elevado conteúdo dos mitos de criação: a procura e uma experiência da transcendência. Como os mitos de criação (ou mitos de origem), é uma cadeia de verdades com narrativa. Enquanto tal, tem a inevitável propensão para nos revelar muito daquilo que somos, da nossa vocação para os outros e para o transcendente. Descrevendo a interacção do protagonista Noé com o transcendente e irrupções do sagrado no mundo humano, o filme sugere um encontro original da terra com o céu, do humano com o divino, coisa que anda perto do encontro com o sentido da vida: desvela a verdade da pessoa a si própria por meio da ligação com Deus. De facto, a personagem de Noé construída pelo libreto de Darren Aronofsky e Ari Handel vive da Palavra de Deus, pondo-se a caminho com a família e movendo-se na vida sob a inspiração do Criador. Era isso o que os mitos de origem visavam: dar sentido radical ao humano, elevando o leitor até ao mundo divino por meio da meditação, num apelo a valores definitivos da existência humana.(…)
(…) O filme – como o mito – sugere que Deus não se opõe nem contrapõe ao ser humano: eleva-o, faz com que se transcenda. E valoriza também a natureza, os animais, as árvores, as plantas. Nessa vertente, o filme aponta para a necessária reconciliação do ser humano: de Noé consigo próprio (purificado da sua intenção assassina pelo banho regenerador das águas do dilúvio), de Noé com o outro (com a mulher, convertido à ternura para com ela no final), de Noé com os filhos, com a imensa natureza (vegetal e animal, acolhida e mimada na arca) e com Deus, sentido último de todos.
O filme é refrescante, porque é humanizante. Nas origens da vida, é uma luta pela vida, pela bondade que a deve orientar."