07 jul, 2015
Andamos todos cansados.
E nem sempre de fazer muito.
Talvez de nada fazer.
Parece que instituímos o cansaço
como uma estação do ano
como se a um inverno de fadiga se seguisse uma primavera.
Entrou-nos na cabeça
que agora só vale fazer pouco ou nada.
Tudo isto se reduz a nada
se me lembro dos idosos que farão o mesmo, os sem trabalho a quem dói o nada fazer, os que têm repouso no lugar de sempre com a fadiga do que é monótono e repetitivo.
Isto não é nem um poema nem um manifesto.
É uma prece que Te dirijo
por todos os que andam no encalço da vida fatigados do trabalho e do não ter que fazer.
Lembra-te de todos nós
neste tempo de aparente Verão.
Cónego António Rego