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Ribeiro Cristóvão

A taça de novo

19 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Restam aos encarnados a Taça da Liga e o campeonato nacional, no qual o seu domínio claro e indiscutível sobre toda a concorrência lhes dá uma grande margem de manobra.

Quando muitos andavam ainda entretidos em dissecar a mais recente vitória do Benfica em jogo do campeonato, -uma vitória no Dragão, com um peso que está longe de poder ser avaliado em toda a sua extensão-, o Sporting de Braga descia sorrateiramente até à capital, apenas preocupado com o seu destino na Taça de Portugal.

Chegados à Luz embalados pela sua própria força, e açoitados pelas provocações de Jorge Jesus, os “Guerreiros do Minho” elevaram ali, à última potência, as suas capacidades, e foram até capazes de repetir o que há algum tempo haviam conseguido para o campeonato, ou seja, derrotar de novo o Benfica e passar a olhar ainda com maior nitidez para o Vale do Jamor, na esperança de ali poderem fazer uma grande festa no próximo dia 31 de Maio.

Do lado do Benfica, a eliminação da Taça de Portugal não resta como um drama, mas não deixa de arrastar consigo diversas dores de cabeça que vão seguramente tirar o sono a Jorge Jesus em algumas noites consecutivas.
É que, depois da saída das competições europeias fica agora também pelo caminho a segunda mais importante prova do calendário português, reduzindo drasticamente os seus objectivos iniciais.

Restam aos encarnados a Taça da Liga e, acima de tudo, o campeonato nacional no qual o seu domínio claro e indiscutível sobre toda a concorrência lhes dá uma grande margem de manobra. Convirá, porém, não facilitar e, sobretudo, não embarcar em erros que poderão ter estado na base deste afastamento inesperado da Taça de Portugal.

Sim, porque mesmo tendo em conta várias limitações que se deparavam ao técnico benfiquista e reduziam o seu espaço de manobra, ficaram por perceber algumas das opções iniciais para o difícil jogo com os bracarenses e, talvez, uma certa displicência com que o mesmo foi encarado na expectativa de que os golos, mais tarde ou mais cedo, haveriam de acontecer.

Apareceu apenas um, insuficiente para levar a melhor sobre uma equipa muito realista e que se preparou bem para as dificuldades que previa encontrar em terreno tão complicado.

Depois de ter ganho em Guimarães, o Braga passou no exame da Luz, ficando agora à espera de segunda-feira próxima para ver o que o sorteio lhe reserva.
O crivo voltou a apertar, mas olhando para o quadro dos oito ainda disponíveis é caso para pensar que, para os “guerreiros”, a luta poderá continuar para além de 7 de Janeiro.