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1 setembro

Animais racionais

01 set, 2014

Embora Aristóteles distinguisse os humanos dos restantes animais pela sua suposta racionalidade, a ciência tem vindo a mostrar como afinal certos animais não humanos conseguem feitos que até aqui se pensava serem monopólio da humanidade.
Os elefantes, por exemplo, fazem luto prolongado quando morre alguém querido.
Os golfinhos, por outro lado, raciocinam e ajustam as estratégias perante novos desafios.
A linguagem também era considerada atividade humana exclusiva, mas afinal até os cães podem aprender a ler e entendem o que leem.
Já um bonobo chamado Kanzi vai mais longe, comunicando por escrito e oralmente com as pessoas e outros macacos à sua volta.
Foi agora publicado um estudo em chimpanzés que descodifica 66 gestos que contêm um significado concreto e compreensível pelos restantes animais do grupo.
Esta prática cultural é o que se conhece de mais semelhante à linguagem humana em todo o reino animal, mas dificilmente será a última surpresa a aproximar de nós os animais "irracionais".

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt