Intuitivamente, temos a perceção de que os apelidos expressam parentesco genético.
Não só conhecemos as famílias como sendo os Marques ou os Sousas, como vamos ao ponto de diferenciar os ramos familiares, dizendo coisas do tipo “os olhos azuis foram herdados dos Moura”.
Quem diria que o mesmo tipo de raciocínio se aplica na Biologia e na Genética…
Lineu, um naturalista sueco que viveu no século XVIII, foi um pouco mais longe e fez desta forma intuitiva de relacionar nomes com parentescos familiares um dos mais fortes pilares da biologia moderna. Ele foi o pai do que hoje chamamos o sistema binomial.
Este sistema teve o grande mérito de atribuir nomes científicos de acordo com o parentesco genético dos seres vivos.
Por exemplo, já reparou que os sobreiros que dão a cortiça são parecidos com os carvalhos que vemos nas florestas portuguesas? Um é Quercus suber, o outro Quercus faginea.
Para um biólogo, saber o nome científico de um ser vivo é logo meio caminho para ficar a conhecer muitas das suas características familiares, desde a genética aos locais onde o podemos encontrar.
*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
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