24 jul, 2014
Embora à primeira vista possa parecer intrigante que a informação genética de todos os seres humanos seja muito parecida, tal não nos deve surpreender.
Como todos descendemos de antepassados comuns, todos partilhamos um dado património genético. A maior parte deste património é essencial para a nossa sobrevivência e não a podemos dispensar. É por isso que a nossa informação genética é toda muito parecida.
Porém, tal como um artesão que escolhe as melhores ferramentas para a sua obra, também os humanos foram escolhendo, de modo inconsciente, a parte do património genético que melhor os podia servir perante um dado clima, conjunto de alimentos disponíveis, ou outros desafios.
Portanto, ao longo dos séculos, cada população humana foi aproveitando e ampliando partes do seu património, deixando para trás outras que não lhe eram tão úteis. Claro que muito pouco pôde ser deitado fora… e por isso é que as nossas diferenças são mínimas.
A tolerância ao açúcar lactose existente no leite, a maior ou menor quantidade de pigmento na nossa pele e a resistência ou não à malária são características que evidenciam as escolhas feitas ao longo da evolução.
*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
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