Tempo
|

25 maio

A arte de biopolicopiar

25 mai, 2014

A Biotecnologia caracteriza-se por usar o conhecimento científico para produzir valor para a sociedade. Foi nesse âmbito que a Biotecnologia desenvolveu sistemas para produzir cópias biológicas, mais ou menos como fazemos com um documento que fotocopiamos.
E pode fazê-lo de diferentes formas.
No princípio, há cerca de 50 anos, começou timidamente por fazer cópias de um pequeno volume de uma biblioteca inteira. Ou seja, desenvolveu métodos para policopiar um gene. Usavam-se bactérias como policopiadores e o volume copiado era um só gene. Foi assim que surgiu a produção de insulina humana em células bacterianas, por exemplo. Este tipo de multiplicação designa-se clonagem genética e rapidamente se vulgarizou, sendo hoje rotina em laboratórios de investigação.
Mas a Biotecnologia queria mais – queria copiar a biblioteca inteira! E foi assim que em 1996 nasceu a famosa ovelha Dolly. A ovelha teve vida curta, faleceu ainda nova, mas com este processo, designado clonagem celular, estava aberto um novo caminho para a arte de bem biopolicopiar.
As terapias celulares são disso um exemplo prometedor.

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt