20 abr, 2014
No início do século XIX, durante as invasões das tropas napoleónicas, as populações tinham por hábito enterrar os seus bens para evitar que os inimigos lhos roubassem. Surgiu assim o hábito de se enterrarem garrafas de vinho, algumas das quais permaneceram durante anos debaixo de terra.
Após a retirada das tropas inimigas as garrafas foram sendo desenterradas e a surpresa foi grande. Ao contrário do que se esperava, o vinho não se tinha estragado. Na verdade, tinha agora novas e interessantes propriedades sensoriais. Graças a uma fermentação controlada, a temperaturas baixas, o vinho tinha ganho algum gás natural e lembrava o espumante. Também apresentava um toque mais suave e agradável.
Pelo facto das garrafas terem sido enterradas este tipo de vinho passou a ser conhecido por "Vinho dos Mortos". É caso para dizer que o vinho dos mortos faz o deleite dos vivos.
*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
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