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22 janeiro

Uma herança dos romanos

22 jan, 2014

O vinho é um produto sujeito a alterações, sendo comum “avinagrar” caso não seja protegido do contacto com o ar e foi por isso que a partir do século XV, na Alemanha, se começou regularmente a utilizar enxofre para conservar vinho. O método tinha sido descoberto pelos romanos, que perceberam que o vinho se aguentava melhor quando se punha uma vela de enxofre a arder dentro das barricas antes de as usar.
O dióxido de enxofre é, hoje em dia, a principal substância conservante usada no fabrico do vinho, graças às suas propriedades antimicrobianas e antioxidantes. Contudo, cerca de 1% da população tem reações alérgicas ao enxofre do vinho, sobretudo nas vias respiratórias mas também a nível intestinal, pelo que o seu uso é limitado pela legislação em vigor.
Já existem hoje em dia no mercado diversos vinhos – como os vinhos “naturais”, “biológicos” ou “biodinâmicos” – que contêm quantidades reduzidas ou mesmo inexistentes deste aditivo.

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt