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25 julho

E se as bactérias falassem?

25 jul, 2013

Falar não falam, mas comunicam e, pelos vistos, com grande eficácia. E o que dizem umas às outras? Bem… isso nós não sabemos mas, ao que tudo indica, conseguem saber quantas fazem parte da tribo num dado momento e só quando estão em número suficiente é que avançam para uma dada tarefa.
Esta noção do tamanho da tribo é particularmente importante para o sucesso das bactérias. Por exemplo, algumas vivem associadas a peixes, onde têm a função de emitir luz e tornar o peixe visível. Contudo, só lhes vale a pena gastar as suas energias a produzir luz se estiverem em número suficiente para fazer com que o sinal luminoso seja visível. Portanto, só quando a tribo é suficientemente grande é que darão ordem de comando para que todas comecem a produzir os sinais luminosos e assim, em conjunto, conseguem produzir um ponto luminoso visível.
Outro exemplo, são as bactérias que pretendem invadir outro ser vivo. Nesse caso, só começam a lançar as suas armas de invasão quando sabem que a tarefa tem chances de vir a ser bem sucedida, ou seja, quanto estão em número suficiente. No fundo, é mesmo como se as bactérias falassem.

 


*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

“Faça-nos perguntas!” aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt