No interior de cada uma das nossas células decorrem por segundo milhares de transformações químicas diferentes. Para que a maioria destas reacções ocorra é necessário que haja um estímulo que é dado por uma molécula chamada enzima. Os enzimas são extremamente específicos e eficazes nas suas ações e são eles que tornam a vida possível. Por exemplo, são os enzimas que, no aparelho digestivo, facilitam a decomposição dos alimentos. Às vezes falha um único enzima no conjunto dos vários milhões que o nosso organismo possui, e isso já é suficiente para causar doenças que podem até ser fatais. A fenilcetonúria é um desses casos; outro é o xeroderma pigmentosum, uma forma hereditária de cancro da pele. Os enzimas só começaram a ser estudados no século 17, mas neste momento já ninguém tem dúvidas quanto à sua importância central no funcionamento de cada célula e da vida em geral.
*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.