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16 março

Lágrimas!

16 mar, 2013

Quem nunca provou o sal das lágrimas?
O poeta António Gedeão, que na verdade se chamava Rómulo de Carvalho e que foi um dos mais brilhantes comunicadores de ciência portugueses, dedicou-lhes o poema “Lágrima de preta”, concluindo que nelas não há nem sinais de negro, nem vestígios de ódio, apenas água e cloreto de sódio.
As lágrimas são essenciais para lubrificar e limpar o olho humano e impedir a invasão por micróbios do ar. Frequentemente os olhos secam devido, por exemplo, ao vento, exposição ao sol, ar condicionado ou ao uso prolongado de computador. Isso causa uma sensação de desconforto e aumenta o risco de infeção.
As lágrimas reduzem esse risco de infeção. Os sais, incluindo o cloreto de sódio, alguns agentes imunológicos e ainda a enzima lisozima, uma proteína que funciona como tesoura biológica altamente especializada, estão presentes nas lágrimas e atuam em conjunto para destruir os micróbios.
Afinal, há mesmo várias formas de ver as lágrimas!

 *Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

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