04 mai, 2015
A esta hora, louvo-Te, Senhor, pelo dom que me deste de me alegrar e me bastar com os pequenos nadas de que faço o dia.
Parecem coisas inúteis, vulgares demais, pequenos nadas que são a minha vida.
Gosto por exemplo de fazer malhas para este e para aquele, mesmo sabendo que na loja seriam mais baratas. E no entanto estas, feitas por mim, são entrelaçadas de afeto e prece.
Também gosto de «perder» tempo sentada no café ou no banco do jardim.
Às vezes fico apenas a olhar. Vejo quem passa. Ou quem não passa. E pergunto-me porque será que não veio.
Mais tarde, preocupada, costumo até fazer um telefonema.
Nada que se veja.
Mas acredito que, por Tua graça, este meu jeito de estar, sereno e gratuito, se há-de parecer com o dos meninos de quem disseste
«Deixai vir a mim as criancinhas. É delas o Reino dos céus.»
E assim, a esta hora, eu Te louvo, Senhor.
Maria Teresa Frazão
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