30 out, 2014
Andei por aí, distraído.
Em mil folguedos.
A perder tempo em carnavais,
que julgava ser um tempo sério!
E, agora, que o caminho se tornou mais plano,
eis-me de frente com a realidade
de tanto tempo perdido!
Esta reflexão sobre mim mesmo
que o meu amor de irmão te pode dar
- se a quiseres receber -
leva-me até ao salmista que hoje ouvimos
e pede, assim, a Deus:
Estendei do alto a vossa mão,
tirai-me do caudal, das mãos do estrangeiro.
O estrangeiro é todo o tempo perdido.
Por isso, nesta noite, que a minha oração,
seja a do encontro com Deus.
E não mais distracções, nem folguedos,
nem carnavais.
Que a tua porta, Senhor,
se abra no fim da estrada
por onde segue o meu caminho.
Peço-te, Senhor, a porta larga
da Tua Benevolência.
Teodoro A. Mendes
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