23 set, 2014
Apesar de todos os condicionalismos que a crise económica e financeira criou na vida de muitas pessoas e das famílias,
continuamos, de um modo geral, com hábitos de desperdício,
como se vivêssemos num mundo inesgotável,
como se nada tivéssemos a ver com a vida dos outros, de longe ou de perto, a quem falta o essencial para viver.
É certo que alguma coisa se alterou nos últimos anos
em termos de informação, de atenção, de mentalidade.
E há boas práticas ecológicas e outras que vão sendo referidas
como sinais a que vale a pena prestar atenção.
Mas também é verdade que, há poucos anos atrás,
algum desafogo financeiro e os apelos quotidianos
de um liberalismo económico sem freios nem critérios
nos tornaram insensíveis a muita coisa que se desperdiça.
É preciso lembrar que a “cultura do desperdício”, a que nos habituámos,
representa insensibilidade perante exigências do futuro
e atenta contra a dignidade dos mais frágeis e pobres.
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