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Meditando - 28 de Julho

28 jul, 2014

Senhor, nesta noite, estou aqui sem nada para Te pedir nem para Te dizer.
Sabe-me muito bem este silêncio.
Talvez porque à tarde estive no café para uns dedos de conversa com a Marta.
Tanto barulho.
Tanto ruído.
Não se ouvia mesmo nada nem ninguém.
A Marta e eu não conseguimos trocar uma palavra.
Dissemo-nos nos olhos. No sorriso.
A esta hora, Senhor, gosto de estar assim.
Sabes que é no ruído da televisão que recebemos rostos, violência desmedida, corpos sem vida, destroços, escândalos, desastres naturais, É num enorme ruído.
Bendigo este silêncio.
Este silêncio que não é um vazio nem um virar a cara p´ra não ver.
É assim. E s minhas mãos em concha, sem palavras nem pedidos, acolhem e abrigam. em si o ruído dos dias, o ruído da vida tantas vezes destroçada com tarefas que nada têm de essencial.

E então na noite escrevo uma parábola que diz « O Reino dos Céus é semelhante a umas  mãos em concha que acolhem este mundo e se transformam num vaso onde ele é uma planta que é preciso cuidar, E no silêncio escutar. »