Marcelo elogia o “bueno” equilíbrio português
16-04-2018 - 19:28
 • Paula Caeiro Varela , em Madrid

Presidente, em conversa com alunos espanhóis, disse que Portugal é exemplo de maturidade democrática.

Não é fácil o equilíbrio entre contas públicas sãs e justiça social. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, identifica a dificuldade, mas elogia a fórmula que tem dado resultados em Portugal. O elogio foi feito em espanhol, na Universidade Carlos III em Madrid.

Os alunos da pós-graduação em assessoria jurídica em empresas arrancaram ao Presidente da República a declaração sobre a discussão dos últimos dias em Portugal. A mesma pergunta a que o Presidente tinha recusado responder aos jornalistas portugueses que acompanham a visita de Estado a Espanha.

Marcelo pediu desculpas pelo mau castelhano, mas foi assim mesmo que deixou o elogio ao equilíbrio que tem sido possível em Portugal.

“É um exemplo de democracia porque se faz em estabilidade política, numa governação de legislatura, de quatro anos, com uma preocupação de estabilidade económica e social, com tensões próprias da democracia – um governo minoritário, duas oposições fortes – mas há uma preocupação de equilíbrio o que é necessário para a redução do défice com a justiça social”, disse o Presidente, elogiando o difícil equilíbrio entre as partes que compõem o sistema político português e que contribuíram para o resultado final.

Em economia e em política não há milagres, disse também Marcelo, há o contexto europeu e mundial, o trabalho de dois governos e o dos portugueses.

“É um equilíbrio difícil. Há os que dizem ‘há demasiada redução do défice’, há os que consideram que há demasiada preocupação social. O equilíbrio, nesta situação, é uma prova de maturidade democrática. Então, Portugal procura apresentar uma via de equilíbrio, até hoje com bons resultados. Isto é muito bom para Portugal e para os portugueses”, continuou o Presidente, que queria ter ficado ainda mais tempo a responder aos alunos. Mas o protocolo – que considerou “pior que os taliban” – não deixou.