É o que acontece com as violações à democracia liberal, como a separação entre poder político e poder judicial – separação que países como a Polónia põem causa. E outros, como a Hungria.
Não menos preocupante é a recusa de vários Estados membros a receber refugiados. E a falta de solidariedade europeia para com os países onde mais refugiados entram – a Grécia e a Itália. Continua a vigorar a regra segundo a qual os países da UE onde primeiro chegam os refugiados ficam responsáveis pelo seu acolhimento. Regra hoje totalmente desatualizada.
A situação é profundamente injusta para a Itália e sobretudo para a Grécia – país que são há pouco saiu de um processo de ajustamento que levou a um grande empobrecimento numa economia que nunca foi rica.
O ministro grego para a Imigração denunciou, com razão, a hipocrisia da Europa quanto ao acolhimento de crianças refugiadas e não acompanhadas, nomeadamente as que se encontram no campo de Moria em condições muito precárias. “Pedimos à Europa que acolhesse algumas, mas não aconteceu”, lamentou o ministro grego.
Nem as palavras do Papa na noite de Natal parecem ter sido escutadas pelos dirigentes políticos europeus. "Nos passos de José e Maria, vemos as pegadas dos refugiados", lembrou, falando no exemplo da jornada de Maria e José quando chegaram a uma nova terra para o nascimento de Jesus. O que evoca a "luta pela sobrevivência” de "todos aqueles que são obrigados a fugir das suas terras". E Francisco criticou os "Herodes" dos dias de hoje.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus –
Rede Europeia de Rádios.
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