​Receber subsídios por inteiro é um “incentivo à poupança”
24-11-2017 - 11:38

Na Manhã da Renascença, o secretário de Estado do Emprego classificou a medida como um regresso à normalidade.

O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, defende que o fim do pagamento dos subsídios de Natal e férias em duodécimos no sector privado estimula a poupança.

“É um incentivo à poupança e a haver rendimentos que são concentrados num momento do ano para que não seja diluído nos salários, desincentivando a poupança das pessoas”, explicou o governante em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.

A medida proposta pelo PCP foi aprovada na quinta-feira, no Parlamento, no âmbito das propostas de alteração ao Orçamento do Estado, prevê o fim da possibilidade de os trabalhadores do sector privado poderem optar pelo pagamento do 13º e 14º mês em duodécimos.

Miguel Cabrita encara a medida como um regresso à normalidade e explica que “os dados mostram que boa parte das pessoas já optava por receber os subsídios nos tempos em que eles eram tradicionalmente atribuídos”.

O governante reconhece que nalgumas empresas os cortes salariais sofridos durante o período de crise ainda não foram revertidos. No entanto, considera que há condições para o fim dos duodécimos.

“Com o alívio fiscal que tem sido conseguido nos últimos anos, com o aumento dos salários que tem também existido, há hoje condições para que as pessoas não sintam da mesma maneira esta questão”, explica.

A proposta do PCP foi aprovada com os votos a favor de todos os partidos com excepção do PSD, que votou contra.