António Figueiredo. "Plantel é suficiente para o 'penta', para a Europa já não é bem assim"
17-07-2017 - 18:23

Antigo vice-presidente do Benfica critica ainda, em Bola Branca, a falta de intensidade do tetracampeão durante a inesperada goleada sofrida diante do Young Boys.

António Figueiredo admite que o atual plantel do Benfica não permitirá que a águia faça altos voos na Europa. Já no plano interno, a realidade é que Rui Vitória tem matéria-prima para atacar a conquista do "penta".

Salvo eventuais saídas, o plantel é bom e nem mesmo para a baliza o antigo vice-presidente dos tetracampeões nacionais entende que sejam necessários reforços.

"O Benfica não tem de ir ao mercado. O Júlio César ainda é um grande guarda-redes e não vai deixar de o ser. Embora não tenha a capacidade do Ederson Moraes de transformar jogadas defensivas em jogadas de ataque. Há dois anos ganhámos o campeonato com o André Almeida do lado direito da defesa. Temos dois centrais nos quais tenho absoluta confiança. Para além do Luisão, o Jardel e o Lisandro López são belíssimos centrais e ainda temos lá rapazes novos. Ninguém conhecia o Lindelof quando ele começou a jogar. O plantel é mais do que suficiente para atacar o penta. Internacionalmente, já não é bem assim", remata, em entrevista a Bola Branca.

Goleada do Young Boys. "Desnorte total que não é razoável"

Por outro lado, António Figueiredo considera desprestigiante a goleada sofrida pelo Benfica na Suíça, frente ao Young Boys (5-1).

Desvalorizando possíveis consequências da derrota na época que se aproxima, o ex-dirigengte não deixa de apontar a falta de intensidade e de rigor que o tetracampeão revelou nos processos defensivos.

"Principalmente, no último quarto de hora, houve muito pouca intensidade e desnorte total. Mas não é muito preocupante. Se nos lembrarmos da pré-época de há dois anos em que não ganhámos qualquer jogo e com o périplo pelos Estados Unidos e ainda com o início do campeonato, no qual perdemos uma data de pontos. Se o Benfica ganha por 1-0 ou 2-0 não lhe advém qualquer prestígio neste tipo de jogos. Mas perder e ser goleado da forma como foi, deixa sempre uma marca. Não é razoável que este tipo de coisas aconteçam", salienta, em tom crítico.