Um mês depois do escândalo que abalou a associação Raríssimas, a instituição encontra-se numa posição financeira frágil.
A nova presidente da Raríssimas, Sónia Margarida Laygue, não especifica valores, porque a auditoria financeira à associação ainda não foi efetuada, mas admite que a realidade surpreendeu a nova direção: “Viemos encontrar de facto a instituição numa situação delicada, financeiramente, fomos surpreendidos pela realidade.”
Por isso, Sónia Margarida Laygue apelou à ajuda de todos os portugueses, sobretudo dos mecenas que se afastaram devido à polémica em torno da ultima gestão da Raríssimas, de forma a conseguir salvar a instituição.
“Ajudem-nos a salvar a Raríssimas, a tomar conta dos nossos utentes, ajudem-nos a reforçar a imagem do povo português, um povo com valores, espírito de entreajuda e capaz de excelência, e de dar a volta a qualquer situação”, apela.
Em Janeiro, a ajuda que faltou de alguns mecenas que se afastaram já teve impacto negativo, assegura a dirigente. “Sabemos que alguns desses mecenas estão à espera de nos conhecer para perceber o trabalho que estamos a fazer, para retomarem esses apoios”, diz.
As dívidas com os fornecedores estão a ser negociadas, os salários estão a ser pagos e, sobretudo, a assistência aos doentes está a ser garantida. Mas se não fosse o Estado, diz Sónia Laygue, a continuidade da Rarissimas não era, neste momento, possível. “O Estado, e a ajuda que nos dá, é essencial para a nossa continuidade”, explica.