​A propósito do turismo
17-02-2017 - 08:09

A persistência de uma situação de insegurança em outros destinos turísticos concorrentes ajudou ao crescimento de mais de 11% que se registou nas dormidas de não residentes.

Foram divulgados pelo INE dados interessantes sobre o turismo em Portugal em 2016.

Dados que confirmam a importância e o dinamismo de um sector que contribuiu decisivamente (talvez em cerca de 40%) para o crescimento de 1,4% que a economia portuguesa registou no ano passado.

É certo que a persistência de uma situação de insegurança em outros destinos turísticos concorrentes ajudou ao crescimento de mais de 11% que se registou nas dormidas de não residentes. Mas não é menos certo que o sector demonstrou uma grande capacidade de resposta à nova procura resultante das condições internacionais.

É interessante verificar que destinos turísticos como os Açores ou o Norte continental, onde o crescimento do sector tem sofrido uma aceleração muito rápida e bem-vinda não impediram que destinos mais tradicionais continuassem a mostrar uma grande dinâmica.

Nesse aspecto, o Algarve, apesar de ser de longe a maior região em termos de dormidas de não residentes, registou mesmo assim em 2016 um crescimento dessas dormidas que ainda é superior ao da média nacional e chega quase aos 12%. Uma performance impressionante e que nos deve levar a pensar que o nosso turismo tem ainda muitas capacidades de crescimento. Essas capacidades existem – e ainda bem – em destinos que agora se estão a desenvolver e que não eram os mais procurados, mas existem também visivelmente no nosso destino mais importante. Por isso não faz sentido que o Estado deixe de investir no Algarve em particular no que é essencial para o futuro económico da região que é também o de um grande contributo para o futuro económico do País. Investimento público que é tão essencial nas acessibilidades rodoviárias algarvias como no capital humano, ou seja, na Universidade.