Isaltino Morais garante que foi convidado para as listas do PSD
22-09-2016 - 23:07
 • Eunice Lourenço

Ex-autarca fez comunicado a contrariar Carlos Carreiras, coordenador autárquico do PSD, que, em entrevista à Renascença, tinha recusado que houvesse convite a Isaltino.

Isaltino Morais, antigo presidente da Câmara de Oeiras, garante que foi convidado para integrar as listas do PSD nas próximas eleições autárquicas. Em comunicado, Isaltino faz referência a declarações de Carlos Carreiras, coordenador autárquico do PSD, em que este recusava que esse convite tivesse sido feito.

O antigo autarca diz que teve algumas conversas com Carlos Carreiras sobre as suas intenções de se candidatar a Oeiras e que, depois, foi convidado a encontrar-se com o presidente da distrital de Lisboa do PSD. E, na versão de Isaltino, foi Miguel Pinto Luz quem lhe disse que tinha mandato conferido por Carreiras para lhe propor que integrasse as listas do PSD a Oeiras.

O ex-autarca escreve que recusou os termos da proposta e diz que lamenta ter de fazer este esclarecimento. “Quero apenas enfatizar que, com instruções do coordenador autárquico do PSD, fui convidado para integrar as listas daquele partido nas eleições autárquicas do próximo ano. Na própria reunião recusei a proposta nos termos realizados”, escreve Isaltino.

Ora, as declarações de Carlos Carreiras a que o comunicado de Isaltino Morais se refere foram feitas no programa “Terça à Noite”, da Renascença, onde o coordenador autárquico do PSD disse o ex-autarca não poderia ser candidato pelo PSD e que um eventual convite era uma notícia fabricada.

No seu comunicado, divulgado esta quinta-feira à noite, Isaltino aproveita também para atacar Marques Mendes. “Lamento profundamente ter de realizar este esclarecimento e expor aqueles dirigentes do partido, mas em 2005, para salvaguardar o Dr. António Preto, omiti o convite que este me realizou para concorrer a qualquer câmara do distrito de Lisboa, excepto Oeiras.

Esta omissão permitiu a um personagem como o Dr. Marques Mendes praticar até hoje o seu moralismo de goela”, escreve Isaltino Morais, que se considera prejudicado por “mentiras que se perpetuam no tempo”, pelo que para si este esclarecimento “é um imperativo”.