António Vitorino analisa o discurso de Guterres para dizer que o ex-Primeiro-ministro teve a coragem de se focar em “diversos temas que às vezes escapam às Nações Unidas, como é o caso dos direitos humanos ou as alterações climáticas”.
Sobre as críticas implícitas ao antecessor Ban ki-Moon, Santana Lopes diz que “se fosse fazer um discurso redondo, perdia parte da legitimidade com que entra em funções. Ele tem que entrar com força e não pode nunca fazer de conta que não tem a força que tem. Se ele se fizesse parecer ao Ban ki-Moon ia parecer-se um bocadinho com o próprio (…) e ele é sinónimo de incapacidade política”.
“A questão do financiamento vai ser muito importante e vai ser preciso uma grande habilidade diplomática para limitar os estragos da baixa previsível da contribuição norte-americana e compensar essa quebra com um aumento das contribuições de outros países
à escala global”, explica António Vitorino.