Doze rapazes e o treinador resgatados da gruta na Tailândia
10-07-2018 - 12:58

Ao fim do terceiro dia de resgate, os 13 jovens foram salvos pelos mergulhadores. Um final feliz para esta operação árdua e complexa.

Depois de três dias e várias horas a mergulhar nas águas da gruta de Tham Luang, em Chiang Rai, as doze crianças e o treinador de 25 anos foram resgatados. A informação está a ser avançada pela Marinha tailandesa.

As crianças e o treinador da equipa estiveram fechados na gruta 17 dias.

Para concluir esta operação extraordinária e árdua que manteve o mundo em suspenso, espera-se ainda que cheguem a terra quatro os mergulhadores que participaram na operação.

"Não temos a certeza se isto é um milagre, ciência ou o que terá sido. Todos os treze 'javalis selvagens' estão agora fora da caverna", escreveu a Marinha tailandesa na sua página oficial do Facebook.

Os doze rapazes, com idades entre os 11 e os 16 anos, e o treinador da equipa, de 25 anos, estão presos na gruta desde 23 de junho, quando ali entraram depois de um treino, ficando encurralados pela subida das águas e procurando uma zona onde pudessem estar a salvo.

No dia 2 de julho, nove dias depois de terem sido dados como desaparecidos, uma equipa de mergulhadores britânicos encontrou o grupo esfomeado e fatigado dentro da gruta, mas ainda assim de boa saúde dada a situação em que se encontravam.

Na sequência da descoberta, foi desencadeada uma megaoperação de resgate que envolveu mais de mil pessoas, incluindo mergulhadores de topo de várias nacionalidades que comandaram o salvamento no terreno. Os mergulhadores demoraram cerca de 11 horas com cada grupo de meninos resgatados. Uma operação de grande complexidade e perícia.

Durante este processo, há a lamentar a perda de um dos mergulhadores. O socorrista era um antigo membro da unidade de elite da Marinha tailandesa que se voluntariou para ajudar na missão de resgate. Morreu por falta de oxigénio, na semana passada, quando regressava da sua missão, a de colocar botijas de oxigénio na potencial rota de saída das crianças.

“Depois de colocar as botijas, ele ficou inconsciente no caminho de regresso. Um outro mergulhador tentou reanimá-lo, mas como não houve reposta, tentou retirá-lo”, contou o almirante Apakorn Yuukongkaew aos jornalistas. “As condições na caverna são difíceis”, acrescentou então.

As oito crianças salvas entre domingo e segunda-feira estão no hospital e de boa saúde. Algumas até terão pedido pão com chocolate para o pequeno-almoço, afirmaram fontes oficiais à Reuters. Apenas dois rapazes apresentam sinais de infeção respiratória.