Recusar a clandestinidade
18-05-2016 - 13:31

O jogo democrático e plural é assim e não temos que nos espantar. Mas terá de considerar-se incompetente quem o souber jogar e aceitar perder por falta de comparência.

São exigentes os tempos que vivemos neste jardim português. Exigentes porque cheios de novidades e propostas, trazidas à luz (não é a mesma coisa que trazidas a debate sereno) por grupos muito activos e determinados.

Para avaliar o seu real poder, basta ter em conta a mudança que estão a conduzir: da vida e da família, à educação; da economia, às opções europeias; dos sindicatos, ao centro do debate democrático.

Muitas mudanças, no campo dos valores, acontecem ao arrepio de orientações que se julgavam adquiridas e pareciam pertença comum.

O seu dinamismo contrasta, entretanto, com o silêncio de muitos: uns, por necessidade aritmética das suas posições; outros, por comodismo ou opções até ao momento desconhecidas; outros ainda por uma espécie de desânimo instalado - esperando, porventura, ver parar a onda sem lhe levantar barreiras.

O jogo democrático e plural é assim e não temos que nos espantar. Mas terá de considerar-se incompetente quem o souber jogar e aceitar perder por falta de comparência.

A Semana da Vida que estamos a viver é uma boa oportunidade para recusarmos a clandestinidade!